Contrariando a aura em torno desse tipo de investimento, um estudo desenvolvido pela Kauffman Foundation mostra que a indústria de venture capital vem, há muito tempo, entregando magros retornos.
Com mais de 20 anos de atuação nesse mercado, a Kauffman se baseou na própria experiência — investiu em mais de cem fundos de venture capital nesse período — para descobrir que 62 deles entregaram resultados piores que o do mercado de ações (foi usado como benchmark o índice Russell 2.000, dedicado a empresas small caps). Dos fundos de seu portfólio, apenas 20 superaram o benchmark em mais de 3% ao ano. O trabalho também descobriu que quanto maior o tamanho, menor a probabilidade de bons ganhos. Apenas 4 de 30 fundos com capital comprometido superior a US$ 400 milhões geraram retornos superiores aos do benchmark.
Boa parcela desse fenômeno pode ser explicada pelas altas taxas cobradas nos fundos. No geral, 2% de taxa de administração sobre o capital comprometido mais 20% de taxa de performance acabam corroendo os ganhos dos investimentos. Outra parte da culpa, observa o estudo, pode ser atribuída aos investidores — os chamados limited partners. “Muitos não requerem informações sobre os fundos, como a remuneração dos gestores, os custos e lucros”, analisa o estudo.
Com base nas descobertas, a Kauffman deu a receita para melhorar a abordagem de investimentos em venture capital: cobrar mais transparência e governança dos gestores; investir em carteiras com menos de US$ 400 milhões de capital comprometido; escolher fundos com histórico de bom desempenho; preferir aqueles em que os próprios gestores comprometem pelo menos 5% do capital, em lugar do tradicional 1%; investir diretamente em um pequeno portfólio de novas companhias e, assim, se livrar das pesadas taxas.
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