Soluções para o crescimento
Fusões e aquisições são uma forma de reagir à omissão do governo no fomento da produção

Uma das torcidas mais recorrentes hoje é para que o governo federal decida finalmente começar a administrar o país. Para que diminua a carga tributária e a taxa de juros, promova políticas de incentivo à produção, determine de uma vez a dissociação entre Poder Executivo e agências reguladoras e aparelhe o Estado como meio fomentador da produção. Expectativas demais? Muito provavelmente, melhor não se iludir.

Mas o fato é que nem tudo está perdido. Afinal, o meio empresarial brasileiro sempre soube crescer em meio aos mais variados tipos de problemas, crises e políticas governamentais desastradas. Diante do diagnóstico pouco amigável, resta-nos viabilizar soluções para que as empresas se tornem mais competitivas, independentemente de ações governamentais ou de organismos estrangeiros. Cenário em que as fusões e aquisições serão certamente algumas delas.

O que se percebe hoje é que empresas dos mais diversos segmentos e tamanhos ainda não se deram conta de que as fusões e aquisições, assim como as reorganizações societária ou tributária, são uma saída para a crise. Trata-se de um caminho para conquistar mercado, reduzir custos de toda ordem e incrementar produtividade e competitividade.

A partir do início da década de 1990 e, com mais ênfase, após a implementação do Plano Real e das privatizações, o país começou a ver, algumas vezes atônito, um grande processo de fusões e aquisições, principalmente no setor industrial, responsável por 93% das operações. Pode-se então concluir que tais operações só devem ser feitas por grandes corporações, certo? Errado.

No Brasil, ocorreu a maciça compra de controle de empresas de capital nacional por grandes empresas multinacionais pertencentes aos oligopólios internacionais. Aí entraram grandes grupos dos setores de energia, telecomunicações, farmacêutico, automobilístico e tecnológico, aproveitando-se da pouca competitividade das empresas brasileiras em âmbito internacional e de fatores políticos e econômicos existentes na época.

Mas setores no Brasil como o de mineração, têxtil, siderurgia, transporte, o tão em moda agro negócio, dentre vários outros, incluindo serviços, permanecem praticamente intactos. Seja por falta de visão de seus dirigentes ou por falta de apoio ou por receio em função do risco de se fazer investimento no país. O chamado Risco Brasil também vale internamente. Estes são setores em que o número de empresas brasileiras é expressivo e reside uma oportunidade, talvez única, de se criar corporações nacionais fortes com capacidade internacional competitiva.

Empresas fortes geram estruturas avançadas, empregos de nível médio e superior, maior arrecadação de impostos e aumento de competitividade interna e externa. O que se recomenda a partir do momento em que se enxerga a necessidade de crescer, desaparecer ou ser engolido é cercar-se dos meios e pessoas que comunguem da mesma visão e, a partir disto, iniciar um processo de aproximação com empresas que, de preferência, busquem o mesmo caminho.

Existem hoje equipes especializadas na busca de empresas equivalentes nos setores em que atuam e que poderiam se tornar mais fortes atuando em conjunto através de uma fusão. Estas equipes ficam encarregadas da estruturação de todo o processo, desde a delicada parte jurídica e econômica, passando por todos os aspectos inerentes às administrações e distribuições de cotas ou ações. Fica assim evidente que a opção do empresário que vislumbra crescimento, seja ele de qualquer setor de atividade, passa pela via da fusão ou aquisição. E não pela espera de alguma política de fomento por parte dos governos federal ou estadual.


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