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Solução inteligente

É notável o quanto a internet vem influenciando as relações entre companhias e acionistas. Não por acaso, as maravilhas da rede mundial têm marcado forte presença nas edições da CAPITAL ABERTO. Para a companhia que zela por transparência, ficou tudo muito mais fácil e barato. Informações se fazem públicas a qualquer hora, sem a preocupação de economizar com papel ou gráfica. Teleconferências com investidores se perpetuam nos sites por meses. Blogs, ainda emergentes no Brasil, mas em expansão mundo a fora, se instalam como um canal para interagir diariamente com investidores.

Se as contribuições da rede para os mercados de capitais se limitassem aos ganhos em transparência, já estaria de bom tamanho. Mas elas vão além. Na recente proposta da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para incentivar os pedidos públicos de procuração nas assembleias de acionistas, a internet se revelou uma solução para enredadas questões de governança. As facilidades e o baixo custo da rede prometem conferir ao investidor mais poderes para se opor à administração nesses encontros e defender o seu ponto de vista, arregimentando partidários que votem com ele. Antes, para empreender uma campanha como essa, o investidor ficava à mercê da presteza das companhias em ceder-lhes a lista de endereços dos acionistas — e corria o risco de esperar até o dia da assembleia.

A internet também caiu como uma luva para o regulador. Com ela, fica muito mais fácil resolver o ponto mais crítico da atividade de regular: fazê-lo de modo a proteger o sistema sem criar obrigações que, de tão onerosas, engessem o seu funcionamento. Os meios virtuais oferecem soluções inteligentes para os desequilíbrios de poder entre minoritários e controladores, ou entre acionistas e administradores, como mostra a reportagem iniciada na página 30.

Transportar as leis do meio físico para o virtual, preservando a confiança das partes envolvidas, é o desafio a ser enfrentado. Mas com a surpreendente capacidade da internet de trazer novos paradigmas para as relações mercantis e sociais, faz sentido pensar que essas adaptações sejam só uma questão de tempo. As novidades abrem também espaço para comportamentos novos. No caso dos pedidos públicos de procuração, tem-se aí uma oportunidade para investidores tornarem-se mais ativistas, influenciando os rumos das companhias em que participam e valorizando o seu patrimônio. Tomara que a internet se confirme, como vem sinalizando, um meio de tornar as relações societárias verdadeiramente democráticas.


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