Levantamento feito pelo coordenador do Comitê de Orientação para Divulgação de Informações ao Mercado (Codim), Haroldo Levy, mostra que, quando o assunto é informar os investidores sobre a adoção de período de silêncio antes das demonstrações contábeis, as empresas ainda engatinham. De 159 companhias que integram o Índice de Governança Corporativa (IGC) analisadas por ele entre 2 de fevereiro e 31 de agosto de 2009, apenas 50 informam que possuem essa prática em seus avisos de divulgação de resultados. Destas, 22 têm algum dado a respeito também no site. Ou seja, a grande maioria simplesmente não faz qualquer menção sobre quiet period.
Por isso, com o objetivo de instruir as empresas sobre as melhores práticas em relação ao assunto, o Codim lançou, em 22 de setembro, o Pronunciamento de Orientação 07. Nele, o comitê alerta que as informações usuais, não relacionadas diretamente às demonstrações contábeis a serem divulgadas, devem continuar a ser comunicadas normalmente ao mercado. Além disso, aconselha que as companhias informem no seu site, em lugar de fácil acesso, se usam ou não o período de silêncio e quais as suas características. Também sugere que as empresas, ao anunciar a data de divulgação dos seus resultados, digam claramente se utilizam essa prática e qual a sua duração.
Para auxiliar na elaboração do pronunciamento, o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) fez, a pedido do Codim, uma pesquisa para saber os motivos que levam as companhias a adotarem o período de silêncio. As respostas encontradas foram as mais diversas, como: “evitar especulação desnecessária em torno da ação”; “evitar eventuais negociações baseadas em informações privilegiadas”; “garantir a equidade na divulgação de informações relativas ao resultado”; e “poupar os esforços da área de RI, que está focada no material de divulgação das demonstrações contábeis”. Quanto a esse último aspecto, Levy faz uma ressalva: “Sabemos que, muitas vezes, a empresa tem um único profissional de RI para fazer todo o trabalho, mas isso não é pretexto. As empresas precisam estar preparadas para manter uma rotina de comunicação com o mercado e, principalmente, ter profissionais treinados que saibam o que podem ou não falar”.
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