A independência não é o único aspecto que sugere discussões éticas sobre o trabalho dos analistas de investimentos. Estudo feito pelo National Bureau of Economic Research (NBER), divulgado em abril, mostra que amizades do tempo de faculdade podem facilitar a transmissão de informações entre executivos e analistas e permitir a esses últimos produzir recomendações significativamente melhores sobre as ações de uma companhia.
Através de ferramentas de procura na web, foram resgatados dados como o passado acadêmico e o currículo profissional de analistas e executivos. A amostra contemplou um universo de 1.820 indivíduos, com 56.994 recomendações sobre cerca de 5 mil ações entre 1993 e 2006. Com base nessas informações, o estudo concluiu que recomendações de compra “academicamente vinculadas” conseguiram, por ano, desempenho 5,4% maior que o das “não-vinculadas”.
Os pesquisadores avaliaram também se a Regulation FD da Securities and Exchange Commission (SEC), que visa impedir o disclosure seletivo, teria inibido o suposto acesso direto de analistas a administradores seniores. E diagnosticou que, antes da regulação, o prêmio das recomendações “vinculadas” era 8,16% maior por ano. Depois da FD, a diferença tendeu a zero. Já em mercados que não previnem o disclosure seletivo da mesma forma, como o do Reino Unido, o prêmio das recomendações “vinculadas” manteve-se elevado e significativo ao longo de todo o período.
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