Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, resolveu ingressar no Twitter no fim de agosto, com o perfil @JPMorganCEO. Na primeira publicação, o departamento global de relações com a mídia do banco anunciou a entrada de Dimon na rede social. Mais tarde, um tal de José, funcionário do departamento, anunciou que o presidente estaria postando de próprio punho em breve. O portal The Wire noticiou a novidade: afinal, não é todo dia que o chefão de um dos bancos mais poderosos do mundo resolve falar diretamente com o público.

Mas a conta de Jamie Dimon era uma farsa, criada por algum usuário da rede para enganar os mais incautos. Havia vários indicativos da brincadeira: a foto usada era facilmente acessível no Google; mal a conta entrou no ar, o falso Dimon já curtia vários dos jornalistas que queria enganar; e, sobretudo, o perfil não era certificado pelo Twitter, como normalmente acontece com a participação de celebridades e executivos na rede social.

A internet é um ambiente propício para a disseminação de notícias falsas (os chamados “hoax”). Não faltam perfis falsos de empresários famosos. Alguns deles se assumem como uma brincadeira, enquanto outros tentam enganar pelo maior tempo possível. Menos mal que a maioria dos jornalistas tenha se dado ao trabalho de checar a informação. Após contatar o departamento de imprensa do JP Morgan, souberam que Dimon não havia caído na rede. Depois disso, o Twitter apagou a conta falsa.

O JP Morgan, por sua vez, teve uma experiência fracassada no Twitter em novembro do ano passado. Anunciou que o vice-presidente do conselho Jimmy Lee responderia a perguntas enviadas junto com a hashtag #AskJP. Os usuários aproveitaram o espaço para fazer duras críticas à instituição e o bate-papo acabou cancelado.