Em 2011, prevalecia o temor. Eram esperados recessão nos Estados Unidos, desaquecimento da China e estrangulamento dos governos na Europa. Só que a economia norte–americana se saiu melhor que o esperado. A China fechou 2011 com crescimento de 9,3%. E o Banco Central europeu injetou € 500 bilhões nos bancos para aliviar a estagnação. No primeiro trimestre de 2012, porém, novas incertezas. Previsões de desaceleração chinesa voltaram a preocupar os investidores. No Brasil, em contrapartida, uma boa notícia: os juros caíram e, o melhor, com perspectiva de mais reduções até o fim do ano. Para gestores de fundos de ações e de participações em empresas fechadas, tantas mudanças significaram um começo de ano agitado. Era a hora de ajustar os portfólios.
Depois de apostar nos segmentos de consumo, energia elétrica e telecomunicações em 2011, o CultInvest Valor cedeu espaço às empresas de commodities na virada para 2012. Mas a volta de um cenário não tão otimista para a China e a redução dos juros no País motivaram uma realocação da carteira em março, conta Walter Mendes, gestor do fundo. A decisão foi realizar os lucros com as commodities e reforçar a aposta em consumo e ações ligadas à infraestrutura.
No Humaitá Equity Hedge FI Multimercado, as mudanças de cenário provocaram ajustes no portfólio a partir de outubro de 2011. O gestor do fundo, Frederico Mesnik, buscou uma carteira de beta alto (relação do risco do papel com o Ibovespa). Adquiriu ações vinculadas a consumo doméstico, construção civil e bens de capital.
Criado pelo banco Modal em maio de 2010, o fundo de investimento em participações Óleo e Gás FIP também viu novas oportunidades de negócios em 2012. A redução dos juros estimularia investimentos em projetos da Petrobras e de seus fornecedores. O gestor John Michael Streithorst afirma que, entre 2010 e 2011, fez duas aquisições: a Enesa Participações S.A. e a Brastec Technologies S.A. “Uma de nossas investidas já possui pedidos em carteira que irão dobrar seu faturamento em relação a 2011”, diz, animado.
Com pouco mais de seis meses de funcionamento, o Itaú Ações Valuation Master também mudou o rumo de suas alocações entre o fim de 2011 e o início de 2012. Papéis de empresas de telecomunicações e concessões públicas, usados para uma estratégia defensiva, foram substituídos por ativos de empresas com perfil agressivo e metas elevadas, como as ações de construção civil, observa Gilberto Nagai, superintendente de renda variável do Itaú.
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