O Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB) — entidade sem fins lucrativos criada pela Lei Sarbanes-Oxley para fiscalizar o trabalho das auditorias – quer tornar os relatórios dessas firmas mais informativos e explicativos para os investidores. Uma das propostas, ainda em discussão dentro do PCAOB, é que os relatórios tragam mais informações sobre o trabalho do auditor dentro da empresa. No documento, o profissional deverá revelar não só o método utilizado para auditar o balanço, mas também o tempo e o esforço empreendidos na função.

Outro ponto que o PCAOB pretende melhorar é o espaço dado aos auditores para comentar questões que consideram relevantes sobre a demonstração financeira. “Por muitas décadas, os investidores têm pedido aos auditores que forneçam mais informações do que apenas o seu parecer no relatório de auditoria”, ressalta Lewis H. Ferguson, membro do PCAOB. “É hora de pensar que outros dados os auditores poderiam reportar, no relatório ou num documento suplementar, que possam ir além da simples opinião sobre a adequação do balanço.”

Diante da crescente complexidade das operações empresariais, o PCAOB estuda também promover alterações no método de trabalho dos auditores. A entidade avalia se não é a hora de esses profissionais começarem a pensar e agir mais como detetives, buscando provas fora do sistema de contabilidade da empresa para checar as afirmações feitas pela administração.