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O xadrez das auditorias
Para a concorrência, aquisição da Terco pela Ernst & Young traz oportunidade de se destacar em preço

A união da britânica Ernst & Young com a brasileira especialista em middle market Terco agitou o mercado de auditoria no Brasil. A partir de 1º de outubro, as duas passam a operar em conjunto, ocupando o segundo lugar em número de clientes listados na BM&FBovespa. Com 94 companhias auditadas, a nova gigante só perde para a KPMG, com 99, de acordo com dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A mudança não parece intimidar alguns concorrentes. “Para nós, não muda nada”, assegura Henrique Luz, sócio da PricewaterhouseCoopers. Ele ressalta que a empresa não utiliza a listagem por número de clientes da CVM para avaliar a posição da PwC em relação aos seus pares. Prefere se basear em um ranking de faturamento, em que a auditoria é a primeira colocada, seguida pela Deloitte e pela Ernst & Young Terco. “O crescimento da Ernst & Young com a aquisição é discreto e não interfere no fato de a Price ser a maior empresa a operar em middle market”, garante Luz. Hoje, aproximadamente 25% do faturamento da firma de auditoria vem desse segmento.

Esmir de Oliveira, sócio de ligação internacional da BDO — quinta maior empresa em número de companhias auditadas — observa que “ser maior não é sinônimo de ser melhor”. Segundo ele, o atendimento personalizado que a BDO oferece aos seus clientes será um diferencial importante nessa época de mudanças. Além disso, ele avalia que o preço do serviço de auditoria cobrado pela Terco deve aumentar após a associação com a Ernst & Young, o que abre oportunidades para a BDO. “Sobra um pouco mais de espaço para competirmos no middle market”, destaca.

A união com a Terco reforça o interesse da Ernst & Young de aumentar sua atuação em países emergentes, onde o crescimento do PIB é maior em comparação aos mercados maduros, explica Jorge Menegassi, CEO da Ernst & Young no Brasil. A operação, para ele, reflete a aposta da empresa em empreendedorismo e em companhias de todos os níveis econômicos. Taiki Hirashima, sócio-fundador da Hirashima & Associados, acredita que as empresas de auditoria não mudarão os seus planos após a associação. “Além de a operação ser recente, as implicações ainda não são claras”, observa. “A estratégia de uma firma não é algo que possa ser mudado de uma hora para a outra, é difícil que isso aconteça por causa de um efeito imediato.”


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