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O futuro por trás das emissões

O mercado de capitais brasileiro começa a experimentar uma fase há muito não assistida. Companhias passam a ver nos preços pagos pelos investidores uma oportunidade de lançar ações em condições razoáveis, sem diluir de forma ineficiente o seu capital. Aí se incluem empresas efetivamente novas no mercado, como Natura, Gol, Magazine Luiza, EDP Brasil, Banco Santos, outras que possuem ações listadas mas não pulverizadas no mercado, como a ALL Logística, e companhias já abertas que aproveitam a recuperação dos preços de suas ações para lançar novos papéis ao mercado, como CCR e Braskem.

Por trás da bem-vinda retomada das emissões de ações, pelo menos dois outros movimentos merecem ser assinalados. Em primeiro, uma perspectiva mais consistente de crescimento começa a se desenhar para que empresas enxerguem vantagens suficientes em abrir o capital com a finalidade de obter os recursos de que necessitam para investir. Tais investimentos, neste contexto, não parecem ter vocação para serem tímidos. Se o fossem, uma emissão de dívida ou até mesmo uma linha especial de financiamento poderia cumprir o papel de viabilizá-los. Trata-se de investimentos que demandam volume e condições competitivas de captação de recursos. E que, como uma espécie de indicador do nível de confiança dos empresários, revelam a expectativa de um cenário econômico mais amigável nos próximos anos.

O segundo sinal emitido pelas novas emissões é de que os investidores, ao menos até agora, compartilham a visão de crescimento dos empresários. Caso contrário, não haveria formação de preços suficiente para que as novas colocações de papéis fizessem sentido a essas companhias. Além disso, pode-se concluir que os investidores sustentam uma demanda por esses ativos, premissa igualmente necessária para justificar os patamares atuais de preços, o que demonstra um apetite por aplicações de maior risco e mais longo prazo.

Em meio a esse contexto, vale notar que as novas emissões de ações acontecem sob padrões completamente distintos do que se conhecia até então. Trazem uma série de “acessórios especiais”, como direito a voto para todos os acionistas, compromisso com a dispersão do capital e a liquidez, maior transparência na divulgação dos resultados e estruturas de governança corporativa adaptadas para inibir situações de conflitos de interesses e abuso de poder por parte do acionista controlador.

Assim, nota-se que as emissões por ora anunciadas exigem uma disposição maior das companhias a aceitar a entrada de novos sócios, o que dá um tempero especial às iniciativas tomadas recentemente. Diante das atuais exigências do mercado, essas captações só fazem sentido mediante um projeto de investimentos altamente promissor. Além, claro, do fato de que permitirão a essas companhias usufruir uma série de benefícios correlatos, como os ganhos de imagem associados à filosofia de transparência, a melhoria nas condições de crédito e a valorização da “moeda ação” para eventuais parcerias ou aquisições. Está aí um motivo razoável para olhar o futuro com mais otimismo em meio à paralisia econômica que ainda assola o país.


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