Lembrando os idos de 2007 no Brasil, a Bolsa da Malásia vive o seu boom de ofertas públicas iniciais (IPOs, na sigla em inglês) este ano: 15 companhias estrearam no pregão do país, captando US$ 7,3 bilhões, 25% do total arrecadado em aberturas de capital na região Ásia-Pacífico. As cifras podem parecer acanhadas se postas ao lado dos R$ 55 bilhões captados em 2007 pelas 63 empresas que estrearam na BM&FBovespa; porém, no mundo pós-crise, elas são auspiciosas — apenas três companhias se listaram na bolsa paulista este ano, levantando pouco menos de R$ 4 bilhões. Até o momento, a Malásia ocupa o terceiro lugar em captação de recursos em IPOs do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. O maior IPO de 2012 no país foi realizado pela estatal agrícola Felda Global Ventures, que amealhou US$ 3 bilhões em junho. Um terço desse volume foi aportado por investidores institucionais asiáticos, como o Qatar Holding LLC e o fundo de previdência dos trabalhadores da Malásia.
A consultoria de voto Glass Lewis abordou o assunto em seu blog e questionou as chances de continuidade desse movimento. “A Malásia não é conhecida por uma infraestrutura sólida de mercado, qualidade necessária para atrair companhias globais e investidores”, escreveu o analista Naoko Ueno. Apesar dessa ressalva, ele cita o recente relatório da Asian Corporate Governance Association (ACGA), publicado em setembro, que coloca a Malásia em 4º lugar dentre 11 países avaliados, atrás de Cingapura, Hong Kong e Tailândia e empatada com o Japão. “A associação reconheceu os esforços das autoridades reguladoras para fortalecer e aplicar boas práticas de governança corporativa”, comenta Ueno.
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