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Ligada nos 220
CPFL Energia investe forte na expansão e diversificação do portfólio de negócios

, Ligada nos 220, Capital AbertoA CPFL Energia leva a sério seu título de maior companhia privada do setor elétrico brasileiro, com cerca de 7 milhões de clientes atendidos por suas oito distribuidoras de energia nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais. Para 2010, o grupo prevê um novo salto na potência instalada de geração do grupo, que passou de 143 megawatts (MW) em 2000 para os atuais 1.741 MW, um crescimento médio anual em torno de 30%. Mantendo firme a estratégia de expansão e a diversificação do portfólio, a CPFL recebeu este ano uma medalha de bronze no ranking As Melhores Companhias para os Acionistas, na categoria valor de mercado acima de R$ 15 bilhões.

O investimento da companhia em geração é estimado em R$ 6 bilhões até 2014. No ano passado, o Ministério de Minas e Energia aprovou um plano decenal de expansão, segundo o qual a capacidade de geração instalada do País deverá aumentar dos 102.082 MW, registrados em 2008, para 154,6 GW até 2017. A CPFL não quer participar desse crescimento de forma desenfreada, mas, sim, com sustentabilidade. Por isso tem investido ativamente em fontes limpas e renováveis. Em agosto, colocou em operação a primeira usina do grupo de geração de energia originada de biomassa, a Usina Termelétrica (UTE) Biomassa Baldin, localizada na cidade de Pirassununga (SP). Resultado da parceria firmada em 2008 entre a CPFL Bioenergia S.A. e a Baldin Bioenergia S.A., a UTE Baldin gerará energia proveniente da queima do bagaço de cana-de-açúcar.

Os esforços têm sido positivos. No primeiro semestre, o lucro líquido da CPFL atingiu R$ 774 milhões, um aumento de 35,5% (R$ 203 milhões) em relação a igual período do ano passado. Mesmo em 2009, ano em que a crise ainda rondava a economia mundial, o balanço da companhia ficou no azul. “Quando as indústrias, o segmento mais representativo para as empresas de distribuição e geração, reduziram o consumo, a CPFL redirecionou parte da produção para o mercado livre, obtendo boas margens de lucro”, afirma Rafael Andreata, analista de energia da corretora Planner. Do volume total de vendas da CPFL em 2009, 25% vieram do segmento residencial, 22% do industrial e 14% do comercial, observa o analista.

Em agosto, entrou em operação a primeira usina do grupo de geração de energia originada de biomassa

Segundo Gustavo Estrella, diretor de relações com investidores (RI) da CPFL Energia, a proposta da empresa é investir em projetos com retornos que gerem distribuição de dividendos. Hoje, a política da CPFL prevê distribuição de 95% dos lucros. Em 2009, lucrou R$ 1,3 bilhão, resultado 1% superior ao de 2008, e distribuiu R$ 1,2 bilhão aos acionistas (R$ 2,55 por ação). Neste ano, já distribuiu R$ 774 milhões (R$1,61 por ação) referentes ao primeiro semestre.

“Os dividendos distribuídos pela empresa equivalem a aproximadamente 40% de seu valor de mercado”, ressalta Estrella. Isso representa R$ 7,99 bilhões dos R$ 19,98 bilhões do valor da empresa em 1º de setembro, de acordo com informações da BM&FBovespa. Esse valor ajudou a companhia a obter nota sete no quesito total shareholder return (TSR). Somados os proventos, o retorno da ação subtraído do custo de oportunidade do capital do acionista atingiu 11,8%. “Nesse intervalo, as ações de empresas do setor de energia, de crescimento estável, mesmo durante períodos econômicos desfavoráveis, não se valorizaram tanto quanto as ligadas ao consumo doméstico”, diz Andreata.

, Ligada nos 220, Capital AbertoEm abril do ano passado, as duas maiores distribuidoras do grupo, a CPFL Paulista e a RGE – Rio Grande Energia, tiveram suas tarifas revistas para baixo pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o que prejudicou os resultados operacionais do grupo. “O Ebitda foi afetado negativamente”, lamenta Estrella. Em 2009, o Ebitda consolidado do grupo foi de R$ 2,76 bilhões, queda de 1,53% ante os R$ 2,81 bilhões de 2008. “Cerca de 60% do Ebitda da CPFL Energia vem do segmento de distribuição“, observa Andreata. Com lucro operacional menor, o valor econômico adicionado (EVA, na sigla em inglês) também diminuiu 0,9% entre 2008 e 2009, o que proporcionou a nota seis para CPFL nesse critério.

A companhia também poderia ter conquistado uma colocação melhor se sua pontuação em governança corporativa fosse maior. Recebeu 7,81 nessa dimensão do ranking, enquanto a mediana da categoria foi de 6,89. A CPFL ainda peca em alguns pontos quando o assunto é transparência e direito dos acionistas. A empresa não divulgou, por exemplo, as informações sobre a remuneração de seus executivos e conselheiros conforme requerido pela Instrução 480 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Para isso, usou a liminar do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças do Rio de Janeiro (Ibef-Rio), concedida pela 5ª Vara da Justiça Federal do estado.

A CPFL também perdeu pontos por não possuir um comitê formal de auditoria. As atividades de fiscalização estão a cargo do conselho fiscal. “É um procedimento que otimiza o controle de riscos e evita duplicidade de funções entre órgãos”, justifica Estrella.


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