BRF eleva gatilho de poison pill
Ilustração: Rodrigo Auada

Ilustração: Rodrigo Auada

Concentrar ações da BRF ficará mais fácil. No dia 7 de abril, os acionistas da companhia aprovaram um conjunto de mudanças estatutárias, entre elas o aumento do gatilho da poison pill. Agora, somente o acionista que acumular mais de um terço do capital (o equivalente ao mínimo de 33,33% das ações) será obrigado a lançar uma oferta pública de aquisição de ações (OPA). Antes, o gatilho era de 20%. De acordo com a BRF, “o aumento do percentual flexibiliza as restrições, valorizando as ações no mercado”.

Nenhum dos atuais sócios da BRF tem participação próxima dos 33% — e nem mesmo do antigo percentual. A versão mais recente do formulário de referência da companhia informa que a Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, é a maior acionista, com 11,6% do capital. Em seguida aparecem Tarpon (11,26%), Previ (10,72%) e BlackRock (5,01%). O restante das ações está nas mãos de investidores com posição inferior a 5%.

Os critérios para o cálculo do preço a ser pago na OPA também foram alterados. Originalmente, o estatuto da BRF previa três parâmetros (dos quais prevaleceria o maior): o valor apontado por meio de laudo de avaliação; o preço de emissão em aumentos de capital realizados nos 24 meses anteriores à oferta; ou a cotação média em 30 dias.

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Segundo a companhia, “o primeiro critério não assegurava previsibilidade do preço da OPA ao ofertante, e a possibilidade de utilização da segunda alternativa é remota”. Por isso, a empresa optou por manter apenas o terceiro método — mas com alterações. Agora, se a poison pill da BRF for disparada, os investidores receberão o equivalente a 140% da média das cotações nos 30 ou 120 pregões anteriores à OPA, prevalecendo o cálculo que chegar ao maior preço.

Mudanças em poison pills nem sempre são bem recebidas pelos investidores. No início do ano, a BR Malls cancelou seu plano de encarecimento da pílula de veneno. A empresa sugeriu a manutenção do gatilho em 20%, mas queria inserir novos critérios de cálculo da oferta. Passariam a ser levados em conta o valor econômico apurado em laudo de avaliação e o maior preço pago pelas ações nos 12 meses anteriores. Na ocasião, a proposta foi vista como uma tentativa de se perpetuar o comando da atual administração com o aumento das dificuldades para o embarque de novo acionista de peso. Mas o burburinho foi tanto que a BR Malls cancelou o plano.


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