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Iosco quer mais concorrência entre as auditorias

A International Organization of Securities Commissions (Iosco), entidade que congrega reguladores de mercados de valores mobiliários do mundo todo, está preocupada com a concentração dos serviços de auditoria das companhias abertas nas mãos de poucas empresas. Para estimular a entrada de mais concorrentes no setor, a organização abriu a discussão sobre a permissão para que não contadores sejam proprietários de auditorias.

A Iosco vê riscos no “oligopólio” formado pelas “big four” (Deloitte, Ernst & Young, KPMG e PricewaterhouseCoopers), devido ao dano que a eventual falência de uma delas pode causar no mercado. Um relatório da entidade afirma que muitas companhias abertas contratam algumas, ou todas as quatro firmas, para a prestação de serviços não relacionados a auditoria; a falta de uma delas limitaria ou até impediria a escolha de alternativas de boa qualidade.

A saída estaria no estímulo à entrada de novos participantes nesse seleto mercado, através do fim de regras que limitam a propriedade de auditorias por não contadores, existentes em grandes mercados, como Estados Unidos, União Europeia e Japão. “Essa mudança possibilitaria uma maior disponibilidade de capital humano qualificado, contribuindo para a melhoria na qualidade dos serviços de auditoria e governança”, diz o relatório.

O relatório também cogita permitir o acesso dessas firmas à poupança pública. “Com a possibilidade de se tornarem companhias abertas, esses novos participantes terão mais força para investir e competir com as big four”, diz.

O documento também alerta para possíveis efeitos adversos de uma mudança. Um deles seria a busca prioritária por resultados, afetando investimentos nas áreas de treinamento e pesquisa. “Apesar de trazer benefícios financeiros no curto prazo, tais medidas terão efeitos negativos na qualidade da auditoria no longo prazo”, pondera o relatório.

Outro ponto contrário levantado pelo relatório é que a permissão pode gerar conflito de interesses entre o auditor e seus clientes. “Se uma empresa de auditoria for de capital aberto, há o risco de algum cliente também ser seu acionista”, diz o documento. A audiência pública termina no dia 1º de dezembro.


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