O princípio da governança e o crescimento sustentável
Lembrar que a governança corporativa começa com a formalização das regras que regem uma sociedade e suas interações é essencial para crescer de maneira sólida

A maior parte das tentativas de explicar o que é governança corporativa aponta para uma definição: o conjunto de regras que rege uma sociedade e as pessoas integradas a ela. Conjunto de regras. Ao distanciar-se dessa pedra fundamental, muitas empresas encontram dificuldades que não precisariam surgir no momento de estabelecer a governança corporativa.

Uma confusão comum é associar a governança ao modelo de gestão. A governança é a representação do desejo dos acionistas – os proprietários. Para onde a empresa deve ir e de que maneira? Como se comportar em relação às oportunidades, às tarefas a ser executadas, às dificuldades que podem surgir e aos riscos que a empresa enfrenta? Qual é a dinâmica organizacional? Quais as diretrizes que regem a organização? A governança esclarece essas questões e estabelece as diretrizes. A gestão executa – é o corpo que obedece aos sinais do cérebro e se move de acordo com eles. A gestão movimenta-se para produzir, vender, contabilizar e controlar o fluxo de caixa dentro das regras estabelecidas.

Estabelecer o modelo de governança de uma empresa não significa, necessariamente, começar a formar uma série de conselhos para todos os assuntos. Em empresas de qualquer nível de maturidade, pode-se começar de uma forma muito simples. Basta observar que regras, que acordos, que normas foram sendo definidas ao longo do tempo – e cumpridas tacitamente por todos (ou ao menos é o que se espera que aconteça). Quando se começa a formalizar essas regras – ao retirá-las do imaginário da empresa para registrá-las no papel –, comunicá-las e verificar se estão sendo cumpridas, dá-se início ao estabelecimento da governança corporativa, um processo que ganhará corpo ao longo do tempo. Um dos primeiros frutos será o código de conduta da companhia. Com o tempo, parte-se para a definição de regras mais complexas e essenciais, como o acordo de acionistas. Aqui, aliás, chega-se a um ponto crucial da governança corporativa: reger as relações dos acionistas em empresas familiares ao longo das gerações.

As boas práticas de governança têm a intenção de transformar princípios da organização em recomendações objetivas, alinhando os interesses de todas as partes envolvidas com a finalidade de valorizar a instituição, facilitando seu acesso a transações e contribuindo para a sua sobrevivência e crescimento em seu mercado de atuação. Cada boa prática de governança deve estar direcionada a cumprir dois aspectos básicos: o desempenho, no qual a empresa usa seus arranjos de governança para contribuir para a melhoria de seus processos de modo geral, e a conformidade, no qual a empresa usa esses arranjos para garantir que atende aos requisitos legais e aos padrões e expectativas sociais.

O grande objetivo da aplicação dessas práticas durante o processo de crescimento é assegurar que cada instância da gestão estará concentrada nas suas atribuições e que as relações serão respeitadas. É uma forma direta de proteger os interesses dos acionistas.


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