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Concentração de poder
Aumenta percentual de companhias com sócio majoritário

07-10-1

A crise econômica brasileira parece ter interrompido uma tendência de dispersão do capital, que vinha se desenhando nos últimos anos. Na edição passada deste anuário, os dados indicavam
uma tendência de expansão do controle minoritário ou compartilhado (em que o maior acionista não tem mais de 50% das ações ordinárias). Na publicação deste ano, esse movimento foi revertido e deu lugar ao avanço do controle majoritário. As estatísticas revelam que o número de empresas em que o maior acionista possui mais de 50% das ações ON subiu de 41% para 47%. Já o percentual de companhias com controle minoritário ou compartilhado caiu de 54% para 49%. “Como a crise fez as ações das companhias se desvalorizarem, houve um incentivo à compra de papéis no mercado e, consequentemente, a uma concentração de capital por empresas que antes possuíam uma estrutura mais
dispersa”, afirma o coordenador acadêmico do Insper Direito, André Camargo.

Segundo ele, diante da onda de fechamentos de capital, as companhias com dono são as mais dispostas a permanecer no mercado. “Na crise, cresce a busca por proteção e quem fica são os investidores profissionais ou aqueles de longo prazo, como os controladores”, destaca. Algumas
empresas com sócio majoritário, como Souza Cruz e Providência, anunciaram ofertas públicas de aquisição de ações (OPAs) para fechar o capital — mas, nesses casos, os controladores são estrangeiros (com a alta do dólar, é vantajoso comprarem ações que estão no mercado neste momento).

O número reduzido de companhias com capital pulverizado (em que o maior acionista detém menos de 10% do capital votante) também chama atenção. Segundo o anuário deste ano, apenas quatro empresas se encaixam nesse grupo: Kroton, Valid, Cyrela e Even. Companhias como Hering e Gafisa, antes pulverizadas, passaram à categoria de controle minoritário ou compartilhado. “Aqui, a dispersão de capital continua engatinhando”, observa Fabiano Milani, advogado do Stocche Forbes.

Em relação ao anuário de 2014, o número de companhias com capital pulverizado permanece praticamente o mesmo. Porém, em comparação à publicação de 2013, a queda é acentuada. Naquela edição, 11 companhias possuíam essa estrutura de capital. Na opinião de Viviane Müller Prado, professora da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, a concentração de capital prejudica a democratização do mercado de capitais.

07-10-2


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