A estrutura de governança corporativa proposta pela rede social Facebook está incomodando um dos mais poderosos fundos de pensão do mundo, o CalSTRS, que administra US$ 145 bilhões de 850 mil professores da Califórnia. Desde o nascimento da rede, seu fundador, Mark Zuckerberg, tem, metodicamente, feito arranjos para manter o controle da empresa à custa de iniciativas que provocam um descasamento entre poder político e econômico. O capital social do Facebook é formado de duas classes de ações, a A e a B, mas somente a primeira será vendida na oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). O detalhe é que os papéis do tipo A têm um poder de voto dez vezes menor que os do tipo B.
Diante disso, o CalSTRS pretende mandar uma carta ao Facebook orientando–o a melhorar suas práticas de governança. O fundo de pensão já é investidor da companhia por meio de fundos de private equity e pretende aumentar sua participação quando houver o IPO da rede, que planeja captar US$ 5 bilhões. “Não queremos dizer a Zuckerberg ou a qualquer outro empreendedor como dirigir a sua empresa, mas precisamos de alguma proteção, principalmente porque somos investidores de longo prazo”, falou Hester–Amey, gestora da CalSTRS, à Reuters.
O Facebook também colocou, no seu estatuto social, uma série de defesas para evitar tentativas de aquisição hostil e batalhas por procurações de voto, segundo documentos arquivados na Securities and Exchange Commission (SEC). Atualmente, Zuckerberg possui diretamente uma participação de 28,4% no Facebook, mas acordos com dois grandes investidores, DST Global e Accel Partners, fazem com que, na prática, tenha 57,1% das ações com direito a voto.
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