A nova estrutura de capital anunciada pela Gol reduzirá a participação de suas ações preferenciais no capital social: de 48% para 2,6%. Apesar de não estar diminuindo a quantidade de papéis em circulação, a companhia precisará de uma autorização especial da BM&FBovespa para permanecer no Nível 2 de governança corporativa.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Bolsa confirmou que “está apreciando pedido formulado pela Gol de tratamento excepcional”. A permissão é necessária porque a regra geral do regulamento é exigir a manutenção de, pelo menos, 25% do capital social em circulação — ações que não pertençam a controladores, administradores e pessoas a eles ligadas.
No entanto, a Bolsa pode abrir exceções, principalmente nos casos em que não há prejuízo para a liquidez e para os direitos econômicos e políticos dos acionistas, conforme está previsto no regulamento. Em teleconferência com profissionais de mercado na última quinta-feira, Edmar Lopes, vice-presidente financeiro e de relações com investidores (RI) da Gol, ressaltou que a companhia manterá em circulação ações que representam mais de 25% dos direitos econômicos da empresa.
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