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Tanure reforça participação na Oi por meio da Petro Rio
Ilustração: Rodrigo Auada

Ilustração: Rodrigo Auada

A última assembleia da Oi, realizada no fim de julho, continua rendendo discussões. A ata do encontro revela que a Petro Rio, nova denominação da petroleira HRT, figura entre os acionistas. A participação tem gerado incômodo, em especial entre os assessores que atuam em prol dos antigos controladores da telefônica. Por trás da Petro Rio está Nelson Tanure, que se tornou minoritário da petroleira após o pedido de recuperação judicial e hoje é seu controlador. Nos últimos meses, o empresário tem avançado sobre a Oi — comprou 6,63% do capital por meio do fundo Société Mondiale —, propôs uma renovação maciça do board e, mais recentemente, protocolou um pedido de convocação de assembleia para votação da abertura de ações de responsabilidade contra a Pharol (detentora de 22% da Oi por meio da Bratel).

A Petro Rio não aparece na lista dos maiores acionistas da Oi porque a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) restringe a divulgação àqueles que detêm, ao menos, 5% de cada classe de ações. Nos bastidores, o rumor é de que a petroleira esteja próxima disso, com uma fatia de cerca de 4,5% do capital. Consultada, a companhia não informou o percentual exato.

A participação da Petro Rio na Oi não é irregular. O estatuto da petroleira permite a compra de ações de outras sociedades, independentemente do setor de atuação. Ainda assim, o investimento chama atenção. “Por que uma companhia especializada na exploração de petróleo investe em ações de uma telefônica em recuperação judicial?”, questiona uma fonte que preferiu não se identificar, por estar envolvida no litígio. “O Tanure está queimando o caixa de uma empresa de outro setor e cujos investidores esperam retorno pela exploração de petróleo”, reclama.

Para os cerca de 3 mil sócios da Petro Rio, o investimento na Oi era oculto até a assembleia. Nas notas explicativas relativas ao primeiro trimestre do ano, a companhia informou não ter investimentos em ações. Ao mesmo tempo, reportou prejuízo de R$ 65,3 milhões e disponibilidade de caixa de R$ 495 milhões.

A diversificação dos veículos de investimento que compram ações da Oi em prol de Tanure pode ser vantajosa para o empresário. O estatuto da telefônica restringe o poder de voto dos sócios a 15%. Ou seja, se concentrar as compras de ações sob um só veículo, o desembolso financeiro de Tanure pode acabar maior do que os direitos políticos adquiridos.


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