Bancos estão desanimados com Jobs Act

Menos de um terço dos bancos de investimento acreditaque as mudanças de regulamentação promovidas pelo Jobs Act, no ano passado, incentivaram a emissão de novas ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês), de acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria e contabilidade BDO, nos Estados Unidos. O número é significativamente baixo, se comparado com um estudo feito em 2012, que mostrava 55% dos banqueiros de investimentos apostando que o pacote de leis e incentivos assinado pelo presidente Barack Obama elevaria o número de IPOs.

Segundo a Securities and Exchange Commission, cerca de 100 empresas realizaram consultas em 2012 para fazer IPOs nos moldes estabelecidos pelo Jobs Act. Além de dar mais tempo para as companhias com faturamento anual bruto de até US$ 1 bilhão cumprirem a seção 404 da Sarbanes-Oxley (SOX), que exige a certificação da eficácia dos controles internos por um auditor, a lei permite que os bancos de investimento e as corretoras publiquem, durante o período da oferta, relatórios de análise sobre a empresa cuja emissão pública estiverem coordenando. A lei também autoriza a companhia a contatar investidores antes do registro da emissão para medir a disposição do mercado. Nos Estados Unidos, essa espécie de pré-road show não era liberada.

De acordo com a BDO, cerca de metade dos bancos de investimento norte-americanos espera um aumento na atividade de IPOs nos Estados Unidos em 2013. Já 31% acreditam que ela será semelhante à do ano passado. A maior ameaça para o mercado de ofertas iniciais este ano, segundo 37% dos executivos ouvidos, é a possibilidade de elevação de impostos e cortes de gastos nos Estados Unidos.


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