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Apesar de ano ruim, gestores enxergam horizonte melhor para o investimento em private equity

Dados de relatório da Transactional Track Record (TTR) mostram que os investimentos em private equity no Brasil diminuíram em cerca de R$ 1,5 bilhão no ano passado em comparação a 2015. A retração reflete a aversão ao risco do investidor, temeroso diante das incertezas do cenário político-econômico brasileiro. Quem atua nessa indústria, contudo, prefere encarar o número como a representação da “metade cheia do copo”. “Considerando o péssimo ano de 2016, o investimento registrado é motivo para comemoração”, avalia Álvaro Gonçalves, diretor-executivo e um dos fundadores do Grupo Stratus. Ele foi um dos participantes do Grupo de Discussão M&A e Private Equity realizado em 7 de março.

Ilustração: Rodrigo Auada

Ilustração: Rodrigo Auada

Para que o private equity volte à boa forma, os gestores esperam contar com a ajuda da Instrução 578 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), editada em agosto do ano passado. A norma ampliou o leque de ativos em que os fundos podem investir. De acordo com a instrução, os fundos de investimento em participação (FIPs) ficam autorizados a aplicar recursos em debêntures simples, até o limite de 33% do capital subscrito. Pela regra anterior, esses veículos só podiam comprar debêntures conversíveis em ações das empresas do seu portfólio. Além disso, a regra autorizou os fundos a investir até 20% do capital subscrito fora do País. “As mudanças são extremamente positivas. A nova norma abriu possibilidades de investimento e permitiu algumas flexibilizações de que nós precisávamos para fomentar a indústria”, afirma Christian Gamboa, líder da área de private equity da PwC.

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Os FIPs, contudo, só vão realmente fomentar a indústria se forem usados para sua finalidade de origem, defendem participantes do mercado. Quando foi regulamentado, no início dos anos 2000, o FIP tinha como principal objetivo a canalização de recursos para empresas em desenvolvimento. “Esse veículo foi criado para o private equity, como uma forma de atrair investidores institucionais. Mas seu uso distorcido foi aumentando à medida que a indústria cresceu”, observa Fernando Borges, presidente da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (AbvCap). “A própria Instrução 578 acabou gerando possibilidades de capitalização que não são da essência do private equtiy”, afirma Arthur Penteado, sócio do Machado Meyer advogados.

Assim, em vez de financiar empresas, o FIP passou a ser usado para investimento em uma série de outros ativos, de pequenas centrais hidrelétricas a imóveis. Na visão de alguns participantes da indústria, esse uso indiscriminado do instrumento possibilitou a adoção dos FIPs para finalidades escusas, conforme apurou a Operação Greenfield. Deflagrada pela Polícia Federal no ano passado, ela investiga irregularidades envolvendo investimentos em FIPs feitos pelas maiores fundações do País — Funcef, Petros, Postalis e Previ. “A indústria toda foi manchada porque os FIPs foram usados como instrumento de corrupção, para se roubar dinheiro público”, diz Ricardo Fernandez, managing director e head Brasil da Hamilton Lane.

Assista os melhores momentos do encontro no vídeo acima.

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