Estrangeiros reduzem presença no capital de recém-listadas

A média de participação dos investidores estrangeiros nos IPOs segue elevada, mas algumas empresas que ingressaram na Bovespa no ano passado já apresentam mudanças significativas no perfil de sua base acionária. Na Abyara, 90% dos investidores do IPO, realizado em julho de 2006, eram institucionais estrangeiros. Atualmente, mais de 40% são brasileiros, entre institucionais locais e pessoa física. Com a mudança no perfil de investidor, o tamanho da base de acionistas ganhou outra proporção. Dos 36 aplicadores iniciais (a empresa estreou na Bovespa focada nos aplicadores de grande porte), hoje são cerca de 600.

As alterações não significam que a Abyara tenha perdido vários acionistas. “A maioria continua com ações da companhia, mas com uma participação menor. Em dólares, a valorização é de cerca de 150%, o que fez com que parte das posições fossem desfeitas”, diz Marcelo Lima, diretor de Relações com Investidores (RI).

Na ABnote, que completou um ano na Bovespa no último dia 27 de abril, 80% dos investidores eram estrangeiros no momento do IPO, contra 20% de aplicadores locais. Em dezembro de 2006, a proporção caiu para 70% e 30%, respectivamente, e, agora, é de 60% e 40%. O número de acionistas brasileiros, no entanto, caiu de cerca de 15 mil na estréia para 1,7 mil hoje. “Muitos investidores pessoa física aplicam diretamente em ações buscando retorno rápido”, observa Carlos Affonso D’Albuquerque, gerente de RI, referindo-se aos aplicadores que embarcam nos IPOs interessados apenas no retorno dos primeiros dias.

Mas a queda na participação dos investidores estrangeiros não chega a ser uma tendência. A Profarma, única distribuidora de produtos farmacêuticos listada em bolsa, ampliou de 80% para 90% a participação internacional em sua base acionária. Segundo a companhia, 75% dos investidores que entraram em contato após o IPO eram estrangeiros. O nicho de atuação da Profarma pode ser uma das explicações para a forte demanda de fora. É a única do segmento com capital aberto no Brasil e poderia largar na frente para seguir a tendência internacional de consolidação. Nos Estados Unidos, as três maiores companhias do ramo somam 93% do mercado, enquanto aqui essa participação é de apenas 28%.


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