Derivativos incomodam governo
Ministério da Fazenda cria grupo para estudar influência dos contratos de câmbio sobre o preço do dólar

O governo demonstrou, no início do ano, que se preocupa em manter o crescimento equilibrado do mercado de derivativos no Brasil — tanto que instituiu um grupo técnico para estudar essas negociações. Apesar de declarar que os estudará de forma geral, a principal preocupação do governo é com os derivativos cambiais. O Ministério da Fazenda e o Banco Central querem entender a influência que as negociações futuras de moedas podem ter no preço do dólar, explica Otávio Yazbek, diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), instituição que também participará das discussões.

O uso temeroso de derivativos cambiais por companhias — como aconteceu em 2008 com a Sadia e a Aracruz — também está na pauta de debates. Há quem acredite, entretanto, que o Brasil já tem instrumentos suficientes para evitar esse tipo de problema. Na opinião de um advogado que preferiu não se identificar, a Instrução 467 da CVM dá conta do recado. Ele crê que o surgimento de novas regras para derivativos pode estimular os agentes econômicos a procurarem hedge em países com menos transparência que o Brasil, como os Estados Unidos, por exemplo.

Atualmente, o governo dispõe de uma ferramenta para frear a queda do dólar. Desde setembro de 2011, vem sendo cobrado 1% sobre as posições vendidas de dólar no mercado futuro. Mas esse recurso tem se mostrado problemático para exportadores que precisam se proteger das oscilações do dólar. Tanto que, em 16 de março, o governo isentou esses negociadores. De acordo com Yazbek, ainda não há previsão para a primeira reunião do grupo técnico.


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