Comitê cria regras brasileiras para a linguagem XBRL

O trabalho do comitê formado para fazer decolar a comunicação eletrônica de dados corporativos no País está próximo do fim. O grupo elaborou as regras brasileiras para o padrão Extensible Business Reporting Language (XBRL) e as enviará para apreciação da XBRL International, responsável pela normatização internacional da linguagem. Após análise e aprovação da instituição — processo que deve demorar de 30 a 60 dias —, existirá um marco regulatório para a implantação do modelo no Brasil.

A linguagem XBRL surgiu em 1998 com a promessa de facilitar a vida de quem tem a espinhosa tarefa de analisar os dados financeiros das empresas. Ela classifica cada linha das demonstrações financeiras com uma “tag”, de modo que essas informações sejam lidas pelos softwares, evitando o trabalho de redigitar os dados. Ao rodar um documento XBRL, os computadores podem apresentar essas informações das mais variadas formas e compará-las com outros balanços formatados na mesma linguagem, prestando um valioso serviço a analistas e investidores. Lá fora, o XBRL deu tão certo que a Securities and Exchange Commission (SEC) tornou-o obrigatório para as empresas norte-americanas no fim de 2008. Por aqui, a falta de uma taxonomia — sistema de classificação — das informações contábeis não colaborou para sua disseminação.

O objetivo do Comitê Estratégico do Projeto XBRL, formado no segundo semestre de 2010 por instituições como o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), BM&FBovespa, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), foi criar esse sistema de classificação para a contabilidade brasileira. “A tendência é o XBRL ser adotado pelas companhias. A comparação com concorrentes e a análise interna ficará mais ágil”, acredita Evandro Carreras, sócio da auditoria PwC e membro do comitê.

Apesar dos avanços, a CVM não sinalizou se vai tornar o uso da linguagem eletrônica obrigatório pelas companhias. Através de sua assessoria, a autarquia limitou-se a dizer que “estuda o desenvolvimento de ferramentas que propiciem a utilização dessa linguagem, sem a imposição de custos desnecessários aos emissores”.


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