China ameniza regulação e reforça laços com o Ocidente

, China ameniza regulação e reforça laços com o Ocidente, Capital AbertoEnquanto no Ocidente a fé no capitalismo vem sofrendo duros revezes e inspira o arrocho regulatório, a China mostra-se cada vez mais decidida a levar em frente um conjunto de reformas que pretende tornar seu mercado de capitais mais próximo dos padrões ocidentais. As mudanças beneficiam, sobretudo, o investidor doméstico, prioridade dos reguladores. Mas há sinais de que os estrangeiros terão cada vez mais relevância para o vigor das bolsas continentais. Hoje, eles têm acesso livre apenas à Bolsa de Hong Kong, que já negocia muitas das ações listadas nos pregões de Xangai e Shenzhen. Nestas duas bolsas, só podem operar os Qualified Foreign Institutional Investors (QFIIs), ou seja, estrangeiros que apresentem no mínimo, US$ 5 bilhões de patrimônio, dentre outros pré-requisitos. Em agosto, havia 65 QFIIs licenciados, número que subiu para 76 em dezembro.

Para investirem, os QFFIs precisam respeitar o limite de cotas concedidas pela China Securities Regulatory Commission (CSRC), órgão regulador local. As cotas indicam o volume financeiro máximo a ser investido. A consultoria chinesa Z-Ben Advisors estima que, ao longo dos próximos cinco anos, o valor médio do total de cotas distribuídas anualmente seja de US$ 2,8 bilhões. No mesmo período, a quantidade prevista de QFFIs é de 154.

Até lá, as oportunidades de investimento tendem a crescer. No conjunto de reformas, Pequim pretende abrir mão de boa parte de suas ações nãonegociáveis — usadas para manter o controle das companhias nas mãos do Estado —, repassando-as às empresas. Desde 2006, o governo vem se desfazendo desses papéis — cerca de 34% deles já foram convertidos, e a expectativa é de que o ritmo se intensifique em 2009. Quando o cenário global melhorar, é provável que o mercado de ofertas públicas de ações seja retomado.

De olho no futuro, a CSRC busca modernizar o ambiente de negociação. Em outubro de 2008, permitiu a algumas corretoras operar com margem e realizar “short selling” (venda a descoberto), com limite de 50% na alavancagem. A chegada de um índice futuro de ações é também um desejo antigo de investidores, que sentem a falta de um mecanismo de proteção de seus portfólios. Em novembro, o regulador reafirmou o compromisso de liberar o índice em 2009. O indicador acompanhará o sobe-edesce da China Financial Futures Exchange, de Xangai.

Outra iniciativa de abertura ocorreu no dia 26 de fevereiro, quando a Bolsa de Valores de Xangai assinou um memorando de entendimento com a Nyse Euronext, visando a parcerias no desenvolvimento de índices e fundos de índices negociáveis em bolsa (ETFs, na sigla em inglês). A cooperação ocorrerá nas áreas de pesquisa, marketing e tecnologia de produtos. As bolsas não revelaram se ETFs de empresas chinesas também poderão ser negociados na Nyse.


Para continuar lendo, cadastre-se!
E ganhe acesso gratuito
a 3 conteúdos mensalmente.


Ou assine a partir de R$ 34,40/mês!
Você terá acesso permanente
e ilimitado ao portal, além de descontos
especiais em cursos e webinars.


Você está lendo {{count_online}} de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês

Você atingiu o limite de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês.

Faça agora uma assinatura e tenha acesso ao melhor conteúdo sobre mercado de capitais


Ja é assinante? Clique aqui

mais
conteúdos

APROVEITE!

Adquira a Assinatura Superior por apenas R$ 0,90 no primeiro mês e tenha acesso ilimitado aos conteúdos no portal e no App.

Use o cupom 90centavos no carrinho.

A partir do 2º mês a parcela será de R$ 48,00.
Você pode cancelar a sua assinatura a qualquer momento.