Uma das líderes no mercado de software para a indústria financeira no Brasil, a Senior Solution não está tendo um ano bom na bolsa. No acumulado até 21 de julho, o papel caiu 15,7%.
Tudo começou em março de 2013, quando a empresa realizou seu IPO (o primeiro desde 2008 no mercado de acesso, o Bovespa Mais) e captou R$ 62 milhões. A fórmula de sucesso apresentada era a mesma da BR Insurance, presente nesta página da edição passada: crescer por aquisições. Três meses depois, a Senior acertou ao comprar a Drive. Em 2013, a subsidiária respondeu por quase 40% do crescimento da divisão de software da companhia, que tem ainda outras três unidades de negócios: outsourcing, serviços e consultoria.
Nesse período, contudo, a turbulência aumentou. A ação da Senior, cuja carteira tem 180 clientes (bancos, seguradoras, gestoras de recursos, corretoras e distribuidoras), sentiu o tranco. Houve baixo crescimento econômico, menor ritmo de expansão do crédito e redução dos investimentos das empresas financeiras, especialmente no fim de 2012 e ao longo de 2013. Além disso, pesou o fato de os cinco principais clientes responderem por pouco mais de um quarto das receitas da companhia.
O desconto maior no valor da ação, por outro lado, cria uma oportunidade para quem aposta em small caps. Até porque os números da Senior Solution têm melhorado. A receita líquida, por exemplo, cresceu 72,7% entre o primeiro trimestre de 2013 e o mesmo período deste ano. Um sinal de que as empresas financeiras estão voltando a investir recursos em tecnologia da informação, como assinalam os analistas Eduardo Cancian e Renato Campos, da Votorantim Corretora.
Uma das razões para isso é a Resolução 4.282 do Banco Central, publicada no fim de 2013. Ela exige das intermediárias financeiras de meios de pagamento (como, Cielo, Master e Ticket) apresentar até novembro um plano de negócios com a gestão de suas operações — precisamente uma das atividades da Senior Solution. Outro fator positivo é que ela faz parte da lista de empresas, estabelecida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em que o investidor é isento de imposto de renda sobre o ganho de capital.
A combinação de incentivo para o investidor e retomada de gastos das financeiras pode ajudar. As boas novas, aliás, já resultaram em valorização de 14,8% em julho (até o dia 21). Para o futuro da companhia, no entanto, os analistas acreditam que será fundamental prosseguir com as aquisições.
A escolha das companhias para esta seção é feita a partir de um levantamento da Economática com a oscilação e o volume negociado mensalmente por ações que possuem giro mínimo de R$ 1 milhão por dia. A partir daí, são escolhidas aquelas que se destacam pelas variações positivas e negativas nos últimos seis meses.
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