Ontem, a Inepar comunicou ao mercado que a Concórdia tornou-se sua acionista relevante. Agora, os fundos da corretora detêm 5,11% das ações preferenciais e 3,61% das ordinárias. O anúncio chegou poucas semanas depois de a companhia ter entrado com um pedido de recuperação judicial. Esses eventos exibem a fragilidade da situação econômica e, ao mesmo tempo, despertam o interesse comprador dos investidores mais arrojados.
Marcelo dos Anjos, trader da Concórdia, conta que os fundos da corretora já tinham ações da empresa em carteira, mas as compras foram acentuadas após a notícia da recuperação judicial. “Agora, a companhia ganhará tempo e melhores condições de negociação com seus credores”, justifica. Paradoxalmente, o baixo valor de mercado da Inepar é outro de seus atrativos — atualmente, em torno de R$ 45 milhões. A cifra é tão pequena que qualquer melhoria pode lhe render uma vultosa valorização.
Na mesma linha, os fundos da Concórdia mantêm em carteira ações das cambaleantes empresas do grupo EBX. Há investimentos na OSX, projeto de construção naval que entrou com pedido de recuperação judicial em novembro passado, e na CCX, projeto “greenfield” de mineração de carvão na Colômbia.
Antigos, os problemas da Inepar foram contados na reportagem Em má companhia, que saiu na edição de fevereiro da CAPITAL ABERTO. Após denúncias de acionistas insatisfeitos, os donos da companhia e seus principais executivos acabaram condenados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) à inabilitação para o exercício do cargo de administrador de companhia aberta.
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