Presença de pessoas físicas na Bolsa é a menor em dez anos

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No mês passado, a BM&FBovespa prorrogou de 2014 para 2018 o prazo para atingir os 5 milhões de investidores pessoas físicas no mercado de ações. A revisão era necessária, até porque o que ocorre atualmente é a fuga dos pequenos aplicadores, cuja participação chegou ao menor patamar em mais de uma década. No ano, até o dia 24 de agosto, os investidores individuais responderam por 21,68% da movimentação financeira da Bolsa (veja quadro).

O número total de investidores cadastrados na Bolsa também caiu. Até julho, eram 598.233 CPFs válidos, contra 610.915 no encerramento do ano passado. A baixa, de 2%, é relativamente pequena, mas significativa por se tratar da primeira redução do indicador desde o início da série, em 2002. O percentual de clientes ativos — aqueles que, além de cadastrados, efetivamente compraram ou venderam ações — também encolheu. Em julho, apenas 155.124 investidores pessoas físicas realizaram negócios na Bolsa. A cifra equivale a 25,93% dos CPFs válidos e é inferior aos 31,95% de dezembro de 2010 (e até aos 27,97% de dezembro de 2008, ano da crise financeira).

A explicação para a fuga desses investidores está no comportamento da Bolsa. No ano, até o dia 26, o Ibovespa acumulava queda de 23%. Os eventos de 8 de agosto também ajudaram a reforçar a aversão dos pequenos aplicadores. Na ocasião, o Ibovespa fechou em baixa de 8,08%, refletindo o primeiro rebaixamento de rating soberano da história dos Estados Unidos. “Havia uma expectativa de crescimento do mercado que não está acontecendo”, relata Eduardo Lobo Fonseca, diretor da corretora Souza Barros.

Fernando Cardozo, diretor da Citi Corretora, confirma a retração. Na instituição, o número de clientes pessoas físicas ativos caiu aproximadamente 35% no segundo trimestre de 2011 quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Na direção oposta, o patrimônio depositado pelos mesmos investidores subiu 85%, mas não graças ao mercado de ações. “Fundos imobiliários e Tesouro Direto atraíram os investidores, inclusive clientes novos”, esclarece Cardozo.


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