A notícia de que a disputa presidencial será decidida em segundo turno, entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), movimentou o mercado de capitais. A diferença de votos entre os dois candidatos, menor do que a apontada nas pesquisas eleitorais, animou o pregão na BM&FBovespa.

Dilma ficou com 41,59% dos votos válidos, enquanto Aécio terminou a disputa com 33,55%. Marina Silva (PSB), na terceira posição, ficou com 21,32%, segundo os resultados finais divulgados pelo TSE.

A ideia de que o PSDB tem chances de voltar ao Palácio do Planalto fez o Ibovespa fechar em alta de 4,72%. O índice foi empurrado, principalmente, pelo desempenho de Petrobras. A ação preferencial encerrou o pregão desta segunda-feira com alta de 12,53% (R$ 20,65) e a ordinária avançou 10,80% (R$ 19,39). Banco do Brasil ON também foi destaque, com valorização de 12,46% (R$ 29,25). O aumento no preço dos papéis rendeu um comentário do economista Ricardo Amorim, em sua conta no Twitter:

A eleição rendeu os mais variados comentários. No sábado, um dia antes da votação, Mark Mobius, que comanda a gestora Franklin Templeton, refletiu sobre o desafio que infraestrutura brasileira representa:

Em sua conta no Facebook, Gustavo Franco, sócio da Rio Bravo, comentou o bom desempenho do PSDB ainda durante a apuração. O entusiasmo lhe rendeu quase 2 mil curtidas:

A economista Elena Landau também se mostrou satisfeita com o resultado:

Agora, o assunto da vez é o mistério em torno do posicionamento do PSB no segundo turno. Pedro Cerize, gestor da Skopos, deixou seu palpite:

O entusiasmo visto nas redes sociais e no pregão da BM&FBovespa, no entanto, podem não resolver os problemas no curto prazo. Para a Empiricus, Aécio Neves não será capaz de promover uma recuperação econômica em 2015. “Ainda haverá uma crise. Há preços represados e as contas públicas se deterioraram rapidamente. Um ajuste severo é inevitável e as mazelas da política econômica atual praticamente impõem um 2015 de baixo crescimento e inflação elevada. Será fatalmente um ano ruim, com redução da liquidez internacional, devido à efetiva retirada dos estímulos nos EUA, às commodities em queda, à Selic alta e ao ajuste fiscal.”