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Mirando os grandes
Crescimento de crédito e corte de gastos impulsionam as ações do Banrisul

O Banrisul encerrou 2011 em boa forma. Em 12 meses, a instituição financeira controlada pelo estado do Rio Grande do Sul injetou R$ 33 bilhões na economia por meio de operações de crédito, valor que superou em R$ 2,6 bilhões as concessões de 2010. Seu patrimônio líquido atingiu R$ 4,4 bilhões, um crescimento anual de 14,12%. Para coroar o desempenho, o lucro líquido foi de R$ 904 milhões, 22% maior que o obtido no ano anterior. As ações preferenciais da companhia seguiram esses indicadores empolgantes, subindo 13,3% no período, num ano em que a Bolsa deu prejuízo. Nos seis meses encerrados em 24 de fevereiro, uma alta ainda maior: 28%.

Para o presidente do Banrisul, Túlio Zamin, a boa fase reflete a maior aceitação dos papéis pelos investidores e o hábito da companhia de se mirar nos grandes. “Temos trabalhado para entregar ao mercado resultados que acompanham o desempenho das empresas de primeira linha do setor financeiro”, salienta. Durante o último ano, os grandes bancos alcançaram cifras astronômicas: Itaú Unibanco, Bradesco e Santander registraram crescimentos de 9,7%, 10% e 5,1%, respectivamente, na última linha do balanço.

Os bons números no resultado financeiro do exercício de 2011 do Banrisul foram obtidos com a estabilidade das despesas nas operações e o aumento da carteira de crédito. O saldo das operações de crédito do banco totalizou R$ 20,4 bilhões em 2011, uma evolução de 19,73% sobre 2010. A carteira comercial foi responsável por 63,69% desse crescimento.

Em outubro, o anúncio de que a rede de credenciamento do banco passará a aceitar os cartões de crédito, débito e pré–pagos da bandeira Visa já no primeiro semestre de 2012 animou os investidores. Segundo o Itaú BBA, a notícia é favorável para a instituição, já que o acordo vai aumentar a receita advinda das taxas de serviços, que são um dos motores da geração de lucro.

Para que a onda positiva se estenda durante 2012, o desafio da companhia será defender sua posição regional. A concorrência com grandes instituições bancárias está cada vez mais forte e se acirrou após a permissão legal, vigente desde janeiro de 2012, para funcionários públicos — grande base de clientes do Banrisul — escolherem o banco onde querem receber seus salários. Diante disso, a intenção do Banrisul é agregar 111 agências ao número atual de 440.

Tarifas mais atrativas também estão nos planos do banco para atrair e fidelizar os servidores. Serão novas condições para financiamento imobiliário, cartões de crédito e débito, 13° salários, dentre outros produtos. Atualmente, o Banrisul possui 500 mil funcionários públicos na sua base de clientes e detém as folhas de pagamento do governo estadual e de 85% das 496 prefeituras do Rio Grande do Sul.

A frente de expansão inclui o crédito ao setor rural, um dos mais relevantes da atividade econômica gaúcha — essa carteira do banco cresceu 32,7% em 2011. Além disso, o Banrisul vai focar esforços no setor imobiliário, que teve alta de 35,4% no mesmo período. As iniciativas visando ao aumento de participação nesses segmentos são uma resposta a uma maior competição no mercado gaúcho, com os avanços de Sicredi e Banco do Brasil no estado.

Expandir territorialmente é outra meta da instituição, que deve concluir até março a aquisição de 49,9% das ações da Bem–Vindo Promotora de Vendas e Serviços — divisão de crédito consignado do Banco Original —, que atua no Sudeste. Quase 60% do crédito consignado no Brasil é tomado por funcionários públicos e aposentados. Para os analistas do Barclays, buscar essa fatia do mercado, que hoje está concentrada na mão dos grandes bancos, será a chave para que o Banrisul obtenha sucesso com a operação.

Outra boa novidade, lançada em janeiro, é a parceria com a MasterCard para a emissão de um cartão de viagens pré–pago. Recarregável em dólar e euro, com chip e senha, o cartão permite o pagamento de compras na função débito e o saque em moeda local nos caixas eletrônicos.

O único ponto de alerta para o banco, na opinião da equipe de análise do BB Investimentos, é o índice de inadimplência, que ficou em 2,76% para as dívidas superiores a 60 dias, ante 2,45% registrado no último ano. “O número ainda não preocupa, mas a inadimplência deve ser observada de perto, pois pode representar um risco nos próximos trimestres”, alerta Nataniel Cezimbra, do BB.

Para o presidente do Banrisul, não há possibilidade de um aumento exagerado da inadimplência. Zamin projeta, inclusive, uma elevação de 15% a 20% nas concessões de crédito em 2012, ressaltando que o crédito imobiliário é um dos que mais têm espaço para crescer, já que representa cerca de 4% do PIB nacional.

, Mirando os grandes, Capital Aberto


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