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Minas refratárias (Magnesita)
O roteiro da mineradora reúne endividamento, projeto cancelado e problemas econômicos

baixa1Dona de valiosas jazidas no interior de Minas Gerais, a Magnesita tornou-se uma das maiores produtoras mundiais de refratário, mineral indispensável para a produção de aço. Outrora apelidada de “Vale dos refratários”, a companhia vem tentando abrir o leque de produtos. Nos últimos anos, investiu na oferta a setores como os de vidro e cimento e ingressou na área de manutenção de usinas, que oferece margens melhores. Também se esforçou para ampliar mercados, apostando em países com potencial de expansão, como Colômbia, México e Estados Unidos.

As mudanças visavam deixar o negócio menos exposto aos altos e baixos do segmento siderúrgico, cuja produção caiu no Brasil em 2014. Embora tenha ajudado a enfrentar um ano desafiador, a estratégia não bastou. A empresa, que tem entre seus principais acionistas o GP Investments, registrou prejuízo de R$ 97 milhões no período; a margem de Ebitda encolheu em relação a 2013; e os papéis caíram 33,3% entre os dias 26 de setembro e 26 de março.

Foram vários os obstáculos no caminho da Magnesita: o aumento dos custos operacionais no Brasil, o menor apetite por alguns minerais e os problemas políticos e econômicos em países clientes como a Venezuela. “As margens vieram abaixo da expectativa e do nosso potencial”, disse o presidente-executivo Octavio Pereira Lopes, em teleconferência de resultados em março.

baixa2Outro fato negativo foi o cancelamento, em novembro, de um plano de extração de grafite em Almenara (MG). Estudos geológicos apontaram que a jazida tinha menos recursos que o previsto. O projeto de R$ 80 milhões era aguardado pelos investidores. Segundo relatório do banco J.P. Morgan, ele poderia praticamente trazer a autossuficiência de matéria-prima (com 90% de produção própria) e ampliar as receitas.

O endividamento também preocupa. No fim de 2014, a Magnesita apresentava dívida líquida de R$ 1,6 bilhão, 4,1 vezes o valor do Ebitda. A alavancagem foi prejudicada pelo impacto cambial — 60% dos títulos estão indexados ao dólar. Diante do cenário, em fevereiro a agência de classificação de risco Fitch revisou a nota de crédito da companhia de estável para negativa.

A diretoria, porém, se mantém otimista quanto ao futuro. Segundo Lopes, as margens tendem a melhorar em 2015, com recuperação de vendas e diluição de custos e despesas. A principal esperança é o mercado americano, que deve trazer uma demanda forte. “Será um ano difícil, mas continuamos na direção correta.”


A escolha das companhias para esta seção é feita a partir de um levantamento da Economática com a oscilação e o volume negociado mensalmente por ações que possuem giro mínimo de R$ 1 milhão por dia. A partir daí, são escolhidas aquelas que se destacam pelas variações positivas e negativas nos últimos seis meses.


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