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Captações com valores mobiliários atingem menor patamar desde 2009
Ilustração: Grau 180.com.

Ilustração: Grau 180.com.

O ano ainda não acabou, mas o balanço das captações via emissão de valores mobiliários já aponta o menor patamar desde 2009. Até o encerramento de novembro, as ofertas totalizavam R$ 95,6 bilhões, 34,2% menos do que o registrado no mesmo período de 2014. Apesar de haver operações sob análise, a expectativa é de que o quadro não será revertido em dezembro. Para 2016, as previsões tampouco são otimistas. “Sabemos que vai ser difícil”, sintetiza Carolina Lacerda, diretora da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). Segundo ela, o mercado continuará à espera de cenários político e econômico mais previsíveis.

O baixo volume de emissões até novembro é resultado de uma redução de 40,5% das captações com títulos de renda fixa e securitização. As operações com notas promissórias recuaram 62,5% na comparação com 2014, enquanto o volume de FIDCs caiu 48,7%.

As ofertas de ações cresceram 19%, mas totalizaram apenas R$ 18,3 bilhões, em um total de seis emissões. Uma delas concentrou grande parte do volume — a gigantesca emissão de ações da Telefonica, de R$ 16,1 bilhões, que levantou recursos para a aquisição da GVT. Outras quatro adotaram a Instrução 476, que regula as ofertas públicas submetidas a esforços restritos de venda. Foram elas: General Shopping (captou R$ 57 milhões), Valid (R$ 396 milhões), Metalúrgica Gerdau (R$ 900 milhões) e Encalso Participações (R$ 270 milhões). A sexta emissora foi a Par Corretora, que captou R$ 602 milhões.

Os bancos, afirma Carolina, continuam convictos de que a Instrução 476 precisa de ajustes. O principal deles é a possibilidade de estabilização de preços após a oferta (serviço previsto apenas nas operações via Instrução 400). A CVM, atualmente, analisa o assunto.

Nesse cenário ruim, a única exceção do mercado é a debênture de infraestrutura, beneficiária dos incentivos fiscais assegurados pela Lei 12.431/11. Até novembro, foram emitidos R$ 5,1 bilhões. A maior operação do ano foi feita pela Vale, que emitiu R$ 1,3 bilhão, seguida por Ambev (R$ 1 bilhão) e Energias do Brasil (R$ 892 milhões).

Fundos de previdência aberta têm captação recorde

Os fundos de previdência aberta levantaram R$ 32,6 bilhões de janeiro a novembro, reforçando a tese de que, diante da turbulência, os investidores buscam produtos mais conservadores. O resultado é o melhor da história do segmento e ajudou a impulsionar os números da indústria. De acordo com a Anbima, a captação líquida total dos fundos de investimento soma R$ 7,9 bilhões no ano.

No quesito rentabilidade, destacaram-se os fundos de ações das categorias “investimento no exterior” e “multimercados dinâmico”. As altas acumuladas até novembro foram de 31,95% e 32,58%, respectivamente. Esses produtos foram beneficiados pela valorização do dólar e pelo melhor desempenho das bolsas internacionais.


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