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Captação de recursos vira desafio para gestores de renda variável
Ilustração: Rodrigo Auada

Ilustração: Rodrigo Auada

A conjuntura política e econômica adversa, aliada a uma taxa de juros de dois dígitos, tem tornado hercúlea a tarefa de captação de recursos para fundos de ações. “O cenário é de perda de confiança e, portanto, de pouquíssimo apetite para risco. Nossos fundos [são três carteiras: uma de ações, uma long only e uma long and short] têm captação líquida positiva, mas está muito difícil obter dinheiro para nossa estratégia de renda variável”, afirma Cassiano Leme, sócio da Constância NP. “Muito difícil, como arrancar dente, porque em massa os investidores dizem ‘não’”, acrescenta. Segundo ele, os aplicadores hoje preferem títulos de renda fixa de curto prazo, como LCIs, LCAs e CDBs.

A gestora é resultado de um processo de incorporação da Principia Capital Management e da NP Investimentos pela Constância, iniciado em 2014. “Um dos objetivos foi o ganho de escala, principalmente humana, porque nesse ambiente há muito capital humano subutilizado”, observa Leme. “Acho que o resultado foi uma gestora com processos mais eficientes e com um quadro muito melhor de conhecimento.”

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Na AZQuest, a dificuldade de se captar recursos para renda variável é compensada por investimentos que chegam para outras estratégias. Em dezembro passado, a gestora montou uma área de crédito high grade, que já obteve R$ 500 milhões. “O sucesso dela me causa felicidade, pois foi uma decisão empresarial correta; mas, ao menos tempo, me traz desconforto, porque é um sinal muito claro de que a decisão do cliente hoje é evitar risco”, diz Walter Maciel, sócio da AZQuest.

Uma situação bastante complicada é vivida pela GTI Investimentos, que já perdeu cerca de 90% do seu patrimônio líquido. “Estamos no olho do furacão. Mudamos o escritório para uma área com metade do tamanho e cortamos tudo o que podia ser cortado. Nós só continuamos porque somos cabeças-duras: é aquele lema do ‘sou brasileiro e não desisto nunca’”, afirma André Gordon, gestor da GTI. De acordo com ele, um alívio pode vir com o impeachment da Dilma Rousseff. “Sem isso, continuaremos nesse mesmo processo de um governo totalmente paralisado, e a economia vai se atrofiar cada vez mais. Essa situação vai gerar um caos não só econômico, mas também um caos civil: o País terá mais alguns milhões de desempregados e um Estado asfixiado”, ressalta.

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