Quem compra os papéis da Triunfo Participações e Investimentos adquire um pacote de investimentos em infraestrutura. Neste ano, ele não rendeu: a ação acumulava perda de 38% até o último dia 10. O agrupamento pode ser visto como uma fragilidade, já que normalmente o próprio investidor gosta de montar sua estratégia de diversificação de risco.
Mas a Triunfo montou a dela, unindo os interesses de seus controladores: a holding THP (55,4%) e a BNDESPar (14,8%). Fundada em 1999, a companhia está presente em nove estados e atua nos segmentos de concessão rodoviária — responsável, no segundo trimestre, por 57% de suas receitas —, administração de aeroportos (leia-se Viracopos), gestão portuária e geração de energia. Ela acabou de descontinuar seus investimentos em cabotagem.
Neste ano, o setor que exibiu a melhor performance foi o de energia: no primeiro trimestre, registrou margem Ebitda de 87,2%. As receitas de venda cresceram 83,6% na segunda metade de 2013 e, agora, a área responde por 15% da receita líquida total. Os ganhos foram possíveis com o início da operação da usina hidrelétrica no rio Canoas num momento particularmente favorável, graças aos preços bastante altos praticados no mercado de venda à vista. E a companhia continua investindo no setor: em agosto, assumiu a concessionária da hidrelétrica de Três Irmãos, em São Paulo.
Há bolachas, porém, que estragam o pacote, com gastos altos e dívidas. Uma delas é a administração de rodovias. O incremento no tráfego (4,4%) e o reajuste nas tarifas dos pedágios (4,6%) elevaram em 34% as receitas oriundas de concessões no segundo trimestre. Isso, no entanto, não compensou as despesas (excluindo custos de construção e provisão para manutenção, depreciação e amortização), que subiram 14,1%.
Outro exemplo: no segmento portuário, o volume da movimentação de contêineres caiu 1,9% no acumulado dos primeiros oito meses de 2014. No segundo trimestre, o Ebitda ajustado do setor caiu 12,2%, enquanto a alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda anual) subiu para 2,21 vezes, contra apenas 0,83 vez no período anterior. Já em Viracopos, o transporte de passageiros galgou 5,5% — um reflexo positivo da Copa —, enquanto a movimentação de carga recuou 9,4%. A receita líquida total com o aeroporto se expandiu 7,3% entre o primeiro e o segundo trimestre. Só que a alavancagem passou de 9,4 para 10,3 vezes no mesmo período.
A escolha das companhias para esta seção é feita a partir de um levantamento da Economática com a oscilação e o volume negociado mensalmente por ações que possuem giro mínimo de R$ 1 milhão por dia. A partir daí, são escolhidas aquelas que se destacam pelas variações positivas e negativas nos últimos seis meses.
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