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Aversão aos emergentes emperra renda fixa privada

Em junho, o governo zerou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil, mas a medida, por enquanto, não trouxe efeitos significativos para o mercado de dívida privada. Embora, segundo o Banco Central, o fluxo externo de investimentos em renda fixa tenha disparado em junho — o volume líquido foi de mais de US$ 7 bilhões, três vezes superior ao registrado em maio, antes da mudança —, pouco disso foi direcionado para o mercado de debêntures, os papéis de crédito privado mais líquidos no País.

Levantamento da Cetip mostra que o estoque de debêntures aumentou apenas cerca de 2% entre maio e junho. “Definitivamente, não é algo que nos chame atenção, nem que consigamos atribuir ao movimento do governo com relação ao IOF”, explica Fábio Zenaro, gerente executivo de novos negócios da Cetip. Antes da mudança, investidores estrangeiros estavam sujeitos a uma alíquota de 6% de IOF ao comprar títulos de renda fixa no País, fossem eles públicos ou privados.

A iniciativa visa atrair dólares para o território nacional, diante da disparada da moeda americana nos últimos meses. Só neste ano, o câmbio teve valorização de 17%. Mas as incertezas sobre a economia dos países emergentes e a crescente aversão ao risco provocada pelas dúvidas quanto ao crescimento do Brasil reduziram as chances de a isenção ter um efeito rápido sobre os créditos corporativos. Segundo o relatório Focus divulgado em agosto, a previsão de crescimento do PIB do País em 2013 recuou de 2,24% para 2,21%.

Na visão de Zenaro, tudo indica que os investidores não-residentes ainda estão optando por alocar recursos em papéis do governo, em detrimento dos emitidos pelas empresas. “É muito mais simples encarar o risco soberano do que avaliar o grau de risco de um emissor privado”, afirma.

Embora o mercado elogie a iniciativa do governo de zerar o IOF sobre aplicações em renda fixa, há um entendimento de que nada deve mudar drasticamente enquanto o ambiente macroeconômico global permanecer turbulento e a intenção de alocar recursos em países emergentes não for retomada.


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