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A ferro e fogo (CSN)
Siderúrgica desfruta de boa demanda, mas precisa resolver questões societárias

, A ferro e fogo (CSN), Capital AbertoEla foi o maior símbolo da industrialização do País no período Vargas; depois, com a privatização, marcou o fim da era da economia fechada. Agora, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) voltou ao radar do mercado, com a alta de 26,8% nos 12 meses encerrados em 13 de novembro. E os números da companhia devem se manter positivos no curto e no médio prazos, na visão de Juliana Chu e Ricardo Schweitzer, analistas da Votorantim Corretora. Os motivos são comuns a diversas exportadoras: dólar favorável e mercado interno protegido da concorrência, especialmente a chinesa, pelo aumento do imposto de importação para sete tipos de aço.

As vendas no Brasil estão mais aquecidas do que se esperava. O comércio de aços planos e laminados deve crescer 7% no ano, dois pontos percentuais acima das previsões do setor, segundo o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço. Isso permitiu às usinas elevar o preço em cerca de 12% ao longo do ano. Já o minério de ferro foi um dos principais responsáveis pela receita líquida recorde no terceiro trimestre, de R$ 4,7 bilhões. Para os analistas Alexander Hacking e Thiago Ojea, do Citibank, “[o] melhor trunfo de crescimento da CSN é a Casa de Pedra”, que faz da companhia a segunda maior mineradora de ferro do Brasil. Eles lembram, contudo, que a empresa enfrentou problemas operacionais e enxergam um investimento insuficiente para atingir a meta de crescimento deste ano e do próximo., A ferro e fogo (CSN), Capital Aberto

Ainda assim, as perspectivas são boas. A demanda chinesa segue firme: em setembro, o país asiático importou 74,6 milhões de toneladas de minério de ferro, 15% a mais do que um ano antes. A CSN tem capacidade para produzir, por ano, 6,3 milhões de toneladas de aço bruto e 15 milhões de toneladas de ferro.

A maioria dos analistas, no entanto, vê a companhia com cautela, devido a uma série de confusões societárias. A maior delas atende pelo nome de Namisa. Em 2008, a CSN vendeu 40% da empresa para um consórcio asiático, por US$ 3,1 bilhões. Na época, o plano de investimentos tinha como meta vender 38 milhões de toneladas anuais a partir de 2013. Hoje, a produção da mina está em 6 milhões. Insatisfeitos, os sócios novos acusam a siderúrgica de não ter feito os investimentos combinados.

A crise ficou clara em 2011, quando a Nippon Steel, que fazia parte do consórcio, deixou a sociedade. Agora, a situação é ainda mais delicada. O acordo de venda previa a possibilidade de, em cinco anos, desfazer o negócio, com a devolução do dinheiro corrigido — o que teria forte impacto no caixa da CSN. A cláusula está em discussão entre os acionistas e pode terminar na Justiça. Os analistas da Votorantim não acreditam em desfecho rápido. Na divulgação dos resultados do terceiro trimestre, a companhia disse acreditar em novo acordo, a ser fechado no início de 2014.


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