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Ineditismos
Três circunstâncias inusitadas marcam a eleição de 2018, segundo Ney Carvalho

Ilustração: Rodrigo Auada

 

As eleições presidenciais de 2018 serão marcadas por três circunstâncias inusitadas, nunca vistas em pleitos eleitorais no País desde a redemocratização, em 1988. Duas delas já se revelaram claramente no cenário.

A primeira é a existência de um candidato inverso ao espectro social-democrata que comandou o Brasil nos últimos 30 anos: Jair Bolsonaro. Suas ideias e propostas são diametralmente opostas ao pensamento que nos tem dominado neste já longo período. Não que ele seja originalmente um liberal, mas sim um recém-convertido a esse ideário. No entanto, tem carregado consigo algo como um quarto do eleitorado, uma grande novidade no cenário eleitoral brasileiro. Número semelhante ao dos seguidores do petismo.

A segunda circunstância chocou o Brasil: o recente atentado de que Bolsonaro foi vítima na cidade mineira de Juiz de Fora, durante um ato de campanha. O último incidente do tipo em nossa história havia ocorrido em agosto de 1954, o chamado crime da Rua Toneleros. Nele faleceu o major da Aeronáutica Rubens Florentino Vaz. Era uma tentativa de homicídio contra o líder da oposição, jornalista Carlos Lacerda, e gestada nos porões do Palácio presidencial do Catete, então ocupado por Vargas.

A terceira só surgirá no cenário quando da apuração dos votos do primeiro turno. É o que nos Estados Unidos se chama de “shy vote”, ou seja, o voto envergonhado, enrustido, encabulado. E ele deriva da imensa pressão exercida pela mídia, notoriamente de esquerda, contra um candidato do espectro ideológico oposto.

Ao serem entrevistados, os eleitores mais humildes ocultam suas preferências, com receio visível do patrulhamento que recebem dos veículos de comunicação. Mas, no esconderijo inexpugnável da cabine eleitoral exibirão, definitivamente, sua preferência.

Esse fenômeno do “shy vote” ocorreu amplamente nas últimas eleições presidenciais nos Estados Unidos, em 2016. Às vésperas do pleito, as pesquisas apontavam a vitória de Hillary Clinton — a preferida da mídia — e, ao frigir dos ovos, estava eleito Donald Trump, seu opositor.

Pelos vídeos e manifestações diversas que chegam pela internet, o fenômeno Bolsonaro parece maior do que as pesquisas revelam. As aglomerações são impactantes e nunca exibidas pela mídia escrita, falada ou televisada. Resta aguardar e confiar na seriedade das urnas eletrônicas.


Ney Carvalho é escritor e historiador.

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