Enquanto entidades tentam fomentar a emissão de títulos de dívida privada, BM&FBovespa e Cetip estão de olho em uma das principais consequências do aquecimento do setor: o incremento da negociação no mercado secundário. A falta de movimentação dos títulos após a oferta é uma deficiência histórica que, se sanada, poderá render bons lucros ao principal ambiente de negociação desses papéis.
A Cetip larga na frente com sua experiência. É a maior depositária de títulos privados da América Latina, concentrando o registro de 97% de todas as debêntures emitidas no País. Nos volumes negociados, sua participação é de 73%. Para continuar líder, o plano é manter em operação o atual ambiente negócios, a CetipNET, mas sem deixar de lado os estudos sobre o desenvolvimento de uma nova plataforma.
Uma das opções analisadas pela Cetip é a migração do atual balcão eletrônico para um sistema de bolsa %u2015 nesse caso, a companhia não se transformaria em uma bolsa de valores, mas ofereceria um modelo de negociação semelhante ao adotado nos negócios com ações e derivativos, ao qual qualquer participante pode aderir. Como o formato não é o mais usado em países com mercado secundário de títulos privados desenvolvido, a Cetip analisa também a adoção de um modelo híbrido, ou seja, seriam mescladas as características do sistema de bolsa com a possibilidade de chamada de grupos restritos para a efetivação das ordens. “Queremos fazer a melhor plataforma de negociação do mercado”, afirma Carlos Ratto, diretor comercial e de produtos da Cetip.
A BM&FBovespa, que fica com a fatia restante do mercado, também está investindo. Através de sua assessoria de imprensa, informou que anunciará, ao longo deste e do próximo ano, uma série de medidas de fomento dos negócios com títulos privados. Dentre elas estarão um modelo aprimorado para o aluguel dos papéis, a implementação de operações compromissadas e a migração dos negócios de renda fixa para uma nova plataforma de negociação, que juntará todos os ativos disponíveis em um único sistema e substituirá o BovespaFix, o Soma e o Sisbex. Os pesados investimentos da BM&FBovespa parecem não assustar a Cetip. “Ela é uma empresa maior que a nossa, com tudo de bom e de ruim que isso significa. Mas a renda fixa é a especialidade da Cetip”, observa Ratto.
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