Não é novidade que grandes mudanças nos rumos das companhias — aquisições, por exemplo — são acompanhadas de variações nas ações das empresas envolvidas. Mas será que o ativismo de acionistas minoritários produz impacto suficiente para alterar as cotações? O estudo Shareholder Activism through the Proxy Process, de Luc Renneboog (Universidade de Tilburg) e Peter Szilagyi (Universidade Cambridge), descobriu que sim.
Analisando 2,8 mil propostas feitas entre 1996 e 2005 em 2 mil companhias nos Estados Unidos, os autores encontraram retornos anormais dos papéis das empresas a partir da data em que as propostas de acionistas ativistas se tornaram conhecidas do público. Em média, as ações das empresas subiram 0,25% no período. Isso mostra que mudanças recomendadas por investidores são interpretadas pelo mercado como relevantes para a empresa, segundo o estudo.
Dependendo do proponente das mudanças, as variações ficam ainda mais positivas. Propostas que tiveram por trás os poderosos fundos de pensão norte-americanos estimularam valorização média de 1,08% nos papéis. Pedidos de fundos de investimento e de grupos de investidores alteraram as cotações positivamente em 0,53% e 0,34%, respectivamente. A intensidade das variações também mudou de acordo com o assunto. Propostas para discutir a venda da empresa e relacionadas ao conselho causaram variações maiores (0,59% e 0,3%, respectivamente) que assuntos de rotina (0,16%).
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