Os escândalos corporativos do início da década aumentaram substancialmente a responsabilidade dos executivos sobre o gerenciamento dos riscos de fraude nas empresas. Cientes disso, três associações norte-americanas se uniram para lançar um guia para o gerenciamento do risco de fraudes corporativas. Intitulado Managing the Business Risk of Fraud: A Practical Guide, o documento pode ser acessado livremente nos websites das organizações patrocinadoras, a Association of Certified Fraud Examiners (ACFE), a American Institute of Certified Public Accountants (AICPA) e The Institute of Internal Auditors (IAA).
O relatório apresenta algumas evidências da importância do tema. As empresas norte-americanas perderam, em 2006, o equivalente a 5% de suas receitas em fraudes, ou cerca de US$ 650 bilhões. Ainda segundo o relatório, as companhias com programas antifraudes bem estruturados — como canais para denúncias, políticas corporativas específicas ou treinamentos — conseguiram reduzir à metade suas perdas anuais.
O guia apresenta cinco princípios fundamentais para um bom gerenciamento do risco de fraudes: 1) governança — desenvolver um programa que inclua política formal com as expectativas do conselho de administração e dos gestores sobre o tema; 2) avaliação — mensurar a exposição ao risco de fraude pela organização, visando identificar potenciais esquemas e eventos a serem mitigados; 3) prevenção — prevenir e mitigar potenciais impactos na organização; 4) detecção — identificar eventos de fraude quando as medidas de prevenção falharem; e 5) investigação e ação corretiva — reportar continuamente a ocorrência de fraudes na organização e elaborar ações coordenadas para definir medidas corretivas em tempo hábil.
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