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Indústria de private equity vê em ESG uma vantagem competitiva
Aspectos ambientais, sociais e de governança são hoje importantes pontos de atenção para os investidores
Ilustração do articulista Roberto Haddad, em texto sobre ESG e private equity

*Roberto Haddad é sócio-líder do setor de private equity da KPMG | Ilustração: Julia Padula

Os fundos de private equity e venture capital investiram 10,2 bilhões de reais em 112 empresas brasileiras no primeiro semestre deste ano, mostra pesquisa feita pela KPMG em parceria com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap). Esses números reforçam a presença e ratificam a força desse setor no País — afinal, ele promoveu inovação e aceleração no mercado de capitais brasileiro mesmo em um período bastante afetado pelos efeitos negativos da pandemia.

Apostando em investimentos de longo prazo pelo menos desde os anos 1990, essa indústria se renova continuamente, com novas safras de investidores locais e internacionais cuja visão vem transformando o perfil dos ativos preferidos.

Um assunto ganhou destaque, nos últimos meses, dentro das prioridades dos investidores que querem adquirir empresas no País — considerando os desafios do isolamento social imposto pela pandemia da covid-19. Os fatores ambientais, sociais e de governança, reunidos na já bastante conhecida sigla ESG, passaram a integrar as análises e a constituir um requisito para a aquisição de empresas, principalmente quando se trata de fundos e gestores de private equity. Cada vez mais os aspectos ESG conquistam um papel relevante para avaliação do papel de cada agente econômico na melhoria e evolução da sociedade brasileira.


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Impulso ao ESG na pandemia

Os fatores ambientais, sociais e de governança já faziam parte dos relatórios de sustentabilidade das empresas, mas foram impulsionados pela pandemia, em especial no que se refere às questões sociais e ambientais. O foco de muitos gestores está agora no aperfeiçoamento do desempenho das empresas, e a adoção das práticas ESG tende a contribuir para diminuir a volatilidade de preços dos ativos e para melhorar as chances de bons resultados a médio e longo prazos.

Nessa dinâmica, os mercados financeiros de capitais passam a figurar entre os principais incentivadores e “enablers” de práticas consideradas mais sustentáveis. Assim, essas preocupações deixam de ser exclusividade de grupos ambientalistas e organizações correlatas. Vale também mencionar a importância das mudanças que vêm sendo exigidas por investidores no que se refere, por exemplo, ao fator diversidade nas diretorias e conselhos das empresas.

Todo esse movimento gera um ciclo virtuoso de pressão por parte dos stakeholders, do mercado e da sociedade por ações e comunicação mais transparentes e investimentos mais responsáveis. Esses pontos passam a formar um componente relevante para a reputação das empresas — o que, por consequência, pode influenciar o valor dos ativos.

Portanto, independentemente das ações de enfrentamento da pandemia, a hora é propícia para as empresas e os investidores analisarem de maneira mais profunda suas práticas ambientais, sociais e de governança, seu perfil e tipo de comprometimento, de forma que esses pontos possam ser agregados às estratégias e modelos de negócio.

ESG não parece ter chegado para ser um assunto da moda ou apenas simpático, com data para cair em desuso. É uma mudança de paradigma que afeta os níveis de qualificação, a precificação e a atratividade das empresas de todos os setores e mercados.


*Roberto Haddad ([email protected]) é sócio-líder do setor de private equity da KPMG


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