Fórum Econômico Mundial lança conjunto de métricas ESG
Iniciativa pretende ajudar a pôr fim à falta de critérios comuns para análises de atividades sustentáveis
Fórum Econômico Mundial lança conjunto de métricas ESG

Imagem: rawpixel-com | Freepik

O Fórum Econômico Mundial lançou na última terça-feira, 22 de setembro, relatório que reúne um conjunto universal de métricas ambientais, sociais e de governança. O projeto foi desenvolvido com base na reunião do Fórum no início deste ano, evento que teve sustentabilidade como tema principal. A organização da iniciativa ocorreu no âmbito do International Business Council (IBC), que reúne ao menos 120 CEOs de empresas de todo o mundo e que ouviu 200 players do mercado sobre a questão. O documento final foi elaborado também com a participação de atores como as principais firmas de auditoria e consultoria do mundo, as chamadas “big four” (Delloite, EY, KPMG, PwC) e o Bank of America, um dos maiores bancos americanos.

O resultado foi compilado no indicador “Stakeholder Capitalism Metrics” (SCM), que pode ajudar na criação de valor a longo prazo para todos os stakeholders: acionistas, clientes, funcionários, fornecedores. O objetivo é alinhar os principais relatórios de desempenho das empresas conforme critérios ESG — o que significa que as métricas foram baseadas em padrões já existentes. Com isso, o Fórum pretende oferecer um instrumento consistente de comparação de relatórios de divulgação ESG com outras bases tradicionais.

As 55 métricas recomendadas incluídas no documento são divididas em quatro pilares, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) estabelecidos pela ONU: governança, planeta, pessoas e prosperidade. As empresas são incentivadas a reportar tanto os parâmetros considerados centrais — como indicadores de emissão de gás carbônico e diversidade — quanto os expandidos, que se referem, por exemplo à poluição do ar causada pela atividade da companhia.

A recomendação é de divulgação conforme as empresas “encontrem material apropriado”. Outra premissa sugerida é a abordagem “divulgue ou explique”, similar ao já conhecido modelo de governança corporativa “pratique ou explique”, em que as empresas são convidadas a refletir sobre sua opção de adotar ou não determinado critério.

O relatório ainda destaca que, desde o início do projeto, outros nomes de peso estão se movimentando para incluir critérios sustentáveis em seus parâmetros. Segundo o documento, as cinco principais estruturas voluntárias e definidoras de padrões — CDP, Climate Disclosure Standards Board (CDSB), Global Reporting Initiative (GRI), International Integrated Reporting Council (IIRC) e Sustainability Accounting Standards Board (SASB) — se comprometeram, pela primeira vez, a trabalhar em prol de uma visão conjunta dos padrões sustentáveis. O intuito é criar um “sistema de relatórios ESG único, coerente e global”, o que diminuiria os empecilhos para a consolidação de um modelo de indicadores sustentáveis que tanto faz falta a analistas e investidores.


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