Alexandre Póvoa*/ Ilustração: Julia Padula
Há pelo menos 12 anos não vejo o mercado tão pessimista com o Brasil, pelo menos em termos de ativos financeiros.
Naquele terrível 2002, todos os investidores se apavoraram com a potencial eleição do Lula, clima que se deteriorou ainda mais com a correta, mas fora de hora decisão de marcação a mercado dos fundos de investimento.
Em 2014, nove em cada dez investidores locais torcem o nariz quando falam de preço de bolsa, de prefixados, de NTN-Bs. Não há prêmio no preço dos papéis que motive o investidor local a entrar no jogo. Existe quase uma unanimidade de que estamos condenados eternamente a ser um país dois por seis: 2% de crescimento do PIB e 6% de inflação.
Os estrangeiros com quem conversamos começam a prestar a atenção em alguns ativos específicos. Apesar de o Brasil estar longe do primeiro lugar da fila de preferências de investimento, o nível de pessimismo não chega nem perto do sentimento dos brasileiros.
Preços caindo, bolsa abaixo de 49 mil pontos, prefixados e NTN-Bs apontando para um juro real próximo a 6,5% mesmo em prazos mais longos — pessimismo total.
O mercado pode piorar ainda mais? É claro que sim. Mas, para quem já viveu tempos de euforia e depressão, e tem espaço de caixa para alocar recursos num prazo mais longo, pode estar chegando a hora de uma entrada paulatina em determinados ativos no Brasil.
Quem viver verá.
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