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Índices de bolsa na berlinda
12/2/2014

É quase consensual que os índices que medem o comportamento do desempenho das ações em bolsa representam um sinalizador importante do comportamento futuro da economia. Também faz parte do jargão do mercado a ideia de que as expectativas atuam sobre o preço das ações antecipadamente. Frequentemente, quando se confirma o fato novo de uma empresa negociada em bolsa, a cotação no mercado não se mexe, pois de uma maneira ou de outra o evento já havia se refletido no preço.

O mesmo acontece com variáveis que possam afetar a economia e, consequentemente, o preço das ações — por exemplo, a inflação. A bolsa brasileira, medida pelo Ibovespa, tem mostrado comportamento negativo nos últimos anos. Argumenta-se, entre outras razões, que o índice da bolsa, calculado com base na liquidez de determinadas ações, não teve comportamento favorável nos últimos anos. Foram os casos da Petrobras e das empresas do Grupo X, que impactaram negativamente o desempenho do indicador. Esse fato levou a BVM&FBovespa a, depois de muito debate, propor mudança na ponderação do índice e da liquidez.

Segundo matéria publicada pelo Valor em 24-26 de janeiro de 2014, um comparativo do desempenho das bolsas mundiais entre junho de 2008 e aquela data mostra que o Ibovespa apresenta o segundo pior desempenho, com queda de 52,4%, à frente apenas da Grécia. Naquele período, os melhores desempenhos seriam de três pregões menos representativos: Filipinas, Tailândia e Indonésia.

Os índices de bolsa — aliás, como qualquer outro índice, seja de preços, seja de outros produtos, ou mesmo de confiança — podem apresentar distorções. Um bom exemplo disso é o desempenho dos índices na América Latina em 2013. O melhor resultado não foi do Peru, do México ou do Chile, mas, pasmem, da Venezuela! É isso mesmo: 296%, em dólares. E o parâmetro já havia subido 303% no ano anterior. Com inflação na casa dos 50% ao ano e juros anuais de 15%, a renda fixa se tornou um péssimo negócio; daí, a compra de ações como proteção. Portanto, imaginar que o índice de bolsa na Venezuela represente uma antecipação do futuro é descabível. É sempre importante olhar o índice com viés crítico e entendê-lo dentro de uma realidade conjuntural.


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