A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) condenou a Directa Auditores e seu sócio Antonio Carlos Bonini Santos Pinto por irregularidades na auditoria das demonstrações financeiras do exercício de 2010 das empresas Mundial e Hércules. A superintendência de fiscalização externa da CVM constatou que na época da auditoria a Mundial possuía cerca de R$ 272,5 milhões em créditos a receber de sua sociedade coligada Hércules, que registrava passivos descobertos e enfrentava dificuldades para quitar a dívida. Embora o montante fosse significativo — representava 32,7% do ativo total da Mundial e 199,8% do patrimônio líquido —, a administração da companhia decidiu não constituir provisão para eventuais perdas. Mesmo diante dessa situação, o relatório da auditoria foi emitido sem nenhuma ressalva.
A Directa Auditores e o sócio afirmaram que a análise foi produzida com base em questionamentos feitos à administração da Mundial sobre a existência de planos de solução para a pendência. Na visão do diretor da CVM relator do processo, Pablo Renteria, os auditores foram negligentes, pois levaram em consideração apenas as informações fornecidas pela empresa para dar seu parecer e não buscaram evidências sólidas para comprovar se as demonstrações financeiras apresentavam distorções.
O colegiado da CVM decidiu por unanimidade condenar os acusados. A Directa Auditores foi multada em R$ 50 mil, e o sócio recebeu pena de R$ 200 mil. Eles podem recorrer ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.
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