O fato de o governo Dilma Rousseff ter usado a Petrobras como instrumento de política econômica abalou o valor de mercado e a credibilidade da companhia, parece ser um consenso. Não à toa, ao ser convidado para ocupar o cargo de CEO, em 2016, Pedro Parente estabeleceu uma condição para aceitar a proposta: garantia de liberdade para tomar decisões no melhor interesse da empresa. Mas essa liberdade não se sustentou por muito tempo. A greve dos caminhoneiros decorrente dos sucessivos aumentos do preço do óleo diesel fez o governo interferir na política de preços da estatal. Descontente, Parente pediu demissão em 1º de junho. As reações à decisão do executivo foram tão diversas quanto as posições em relação à greve, ao menos no Twitter.
Editor do site liberal Spotniks, Felippe Hermes comentou em seu Twitter pessoal que presidentes anteriores da Petrobras estavam envolvidos em escândalos: José Sergio Gabrielli era CEO quando ocorreu a polêmica compra da refinaria de Pasadena; Graça Foster foi citada na Lava Jato, assim como Aldemir Bendine, que está preso. “Pedro Parente: pediu demissão porque a política dele reduziu a dívida e aumentou o lucro da empresa”, disse Hermes, em postagem replicada cerca de 4 mil vezes. Já Laura Carvalho, economista da equipe do pré-candidato à Presidência da República Guilherme Boulos, do PSOL, afirmou que Parente está muito “mais interessado na própria carreira que no País” e que “a ele e a sua carreira interessam muito passar a ideia de que saiu porque não quis ceder a propostas ‘populistas’”. “Deixou a empresa no meio do pregão e ainda valorizou o CV”, criticou Carvalho em postagem replicada pelo menos mil vezes.
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