Ilustração: Rodrigo Auada

Steve Cohen é um dos homens mais ricos dos Estados Unidos. Ele fundou o hedge fund SAC Capital, que encerrou as atividades em 2016 após vários processos por insider trading. Além de pagar uma multa, Cohen foi proibido de administrar recursos de terceiros até janeiro deste ano. Mas agora ele voltou com tudo. Quem buscar o nome do investidor nas redes sociais verá pelo menos duas notícias comentadíssimas sobre ele. Uma delas é que seu family office, chamado Poin72, está investindo na Imperative Execution, uma dark pool (nome dado a plataformas de negociação com pouca transparência) que pretende filtrar algoritmos de alta frequência capazes de manipular o mercado. “A empresa está surfando no assunto do momento, e provavelmente não vai resolver o problema. Mas é verdade que o modelo atual do mercado torna difícil a diferenciação entre os fluxos de negociação que têm fundamentos e os que não têm”, comentou um usuário. A outra notícia sobre Cohen diz respeito ao fato de que o investidor, notório colecionador de arte contemporânea, doou uma madona, do artista britânico Chris Ofili, ao MoMA. A peça é polêmica: retrata uma Virgem Maria negra, adornada com estrume de elefante, material comum nas obras do pintor. “Ele finalmente fez algo decente”, comentou um outro usuário do Twitter, pouco simpático ao bilionário.