Quando o aplicativo da Uber surgiu, não faltaram elogios — afinal, era uma oportunidade de os motoristas complementarem sua renda e empreenderem; para os usuários, o principal benefício seria não precisar mais arcar com os elevados custos de se ter um carro. Seria uma revolução na mobilidade e nas relações de trabalho, graças à economia compartilhada (a gig economy, em inglês). Mas o tempo passa e o lado obscuro começa a vir à tona: a precarização dos vínculos de trabalho e os ganhos — cada vez mais polpudos — obtidos pela Uber por meio da cobrança de tarifas dos motoristas passaram a incomodar. Por isso, a aguardada listagem da Uber na Nyse, na semana passado, foi marcada por protestos. Motoristas do aplicativo chegaram a fazer uma greve global no dia 8.
“A Uber e a Lyft [também dona de um aplicativo de transporte] têm despesas baixas, mas ficam com 25% do valor da corrida, deveria ser menos. Os motoristas assumem risco e pagam seguro, manutenção, combustível, alimentação, etc”, criticou um usuário do Twitter. Apesar das críticas, a Uber captou 8,1 bilhões de dólares em seu IPO. Detalhe curioso: embora os motoristas reclamem que a empresa ganha muito, a Uber registrou prejuízo de cerca de 2 bilhões de dólares em 2018. “A Uber se torna a empresa na história com maior prejuízo a fazer IPO. Bem-vindos ao capitalismo contemporâneo”, satirizou o perfil Faria Lima Elevator no Twitter.
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