Obras de arte não são adquiridas apenas por seu valor estético. No mundo do crime, elas são frequentemente negociadas para lavagem de dinheiro obtido de forma ilegal, em geral com propinas ou tráfico de drogas e armas. Preocupadas em evitar que essas práticas deixem o mercado de arte com uma fama duvidosa, empresas e organizações envolvidas no segmento decidiram dar um passo rumo à autorregulação.
No fim de janeiro, o Responsible Art Market (RAM), grupo fundado em 2015 na Suíça por empresas como a casa de leilões Christie’s e a intermediadora Seydoux & Associés Fine Art, lançou uma série de recomendações para que companhias que lidam com arte evitem fazer negócios com criminosos e se protejam das eventuais consequências legais e de prejuízo de imagem.
Muitos dos conselhos soam um pouco óbvios: fazer due diligence tanto da obra de arte quanto do cliente, principalmente se ele for ligado à política; analisar o risco de cada transação; treinar muito bem a equipe de vendas para que possa identificar atitudes suspeitas; e manter registros dos negócios. Porém, em um mundo que sempre ficou envolto em sofisticação e discrição, chamar atenção para a necessidade de se fazer perguntas indiscretas ao comprador é uma novidade.
Para o lançamento das recomendações, o RAM promoveu um seminário no qual destacou a necessidade de o setor se autorregular. Cabe ressaltar que, por enquanto, a organização não tem poderes legais para fiscalizar ou punir quem não seguir as melhores práticas, tampouco para certificar negócios que as adotem.
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