O avanço tecnológico é apontado por alguns economistas como um dos principais culpados pelo aumento da desigualdade salarial. Mas um outro ingrediente contribui significativamente para essa disparidade — e ele é bem conhecido das grandes corporações: as fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês).
Essa conclusão foi apresentada por Elena Simintzi, pesquisadora da University of British Columbia, no blog de governança corporativa da Universidade Harvard. Junto com outras duas colegas, Elena analisou dados de transações de M&A e ocupação laboral entre 1980 e 2010. As pesquisadoras descobriram que um aumento de 10% no número de operações de M&A produz incremento médio nos salários de 25%, mas, ao mesmo tempo, gera uma elevação de 22% na desigualdade salarial.
A lógica por trás dos resultados é que, após a fusão de duas grandes corporações ou a compra de uma pela outra, a empresa resultante quer cortar custos — e uma das maneiras mais eficientes de se fazer isso é justamente investir em tecnologia para eliminação de postos de trabalho. Em contrapartida, para operar essa tecnologia, a companhia precisa contratar empregados altamente qualificados e bem pagos.
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